Gripe faz Tamiflu se esgotar, mas há riscos no uso indiscriminado
Antiviral ajuda a diminuir a duração dos sintomas, mas deve ser administrado apenas com orientação médica
Os surtos de gripe pelo país estão provocando o desabastecimento do Tamiflu nas farmácias. O medicamento é um antiviral usado para aliviar os sintomas gripais causados pelos influenzavirus A e B.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma), somente a partir da segunda semana de janeiro que a reposição dos estoques deve ser feita, com a volta das férias coletivas.
O remédio, que é vendido sob prescrição médica, é recomendado em até 48 horas após os primeiros sintomas, porém, apenas em casos específicos. Quando utilizado de maneira indiscriminada, pode acabar provocando uma resistência antiviral.
- Síndrome da fadiga crônica: o que é e quais os sintomas
- 7 fatores que podem causar novas pandemias, segundo a OMS
- Surto de dengue no Brasil: os sintomas, como transmite e tudo sobre a doença
- Sintomas a serem notados após primeiro caso humano de nova cepa de gripe suína
Como funciona o Tamiflu?
De acordo com a bula do medicamento, o Tamiflu “reduz a proliferação (multiplicação) dos vírus da gripe, influenza A e B, pela inibição da liberação de vírus de células já infectadas, inibição da entrada do vírus em células ainda não infectadas e inibição da propagação do vírus no organismo”.
Com essa ação, a duração dos sintomas da gripe diminui, assim como a gravidade da doença.
Para quem é indicado?
De acordo com o Ministério da Saúde, o Tamiflu é indicado em casos de síndrome gripal para pessoas que tenham condições e fatores de risco para complicações, independentemente da situação vacinal.
Esse grupo inclui grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto; adultos com mais de 60 anos; crianças menores de 5 anos; população indígena aldeada ou com dificuldade de acesso a centros de saúde; pacientes com Síndrome Gripal (SG); pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); indivíduos que apresentam: asma, problemas no pulmão, tuberculose, doenças cardiovasculares (excluindo hipertensão arterial), problemas renais e no fígado, doenças no sangue e distúrbios metabólicos.
A indicação se fundamenta no benefício que o tratamento precoce proporciona, tanto na redução da duração dos sintomas quanto na ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza nesses pacientes.
