Estudo alerta: este hábito do sono eleva risco de diabetes em 20%
Pesquisa acompanhou 63,6 mil enfermeiras, com idades entre 48 e 68 anos, durante um período de sete anos
Um ritmo de vida acelerado e horários de sono inconsistentes podem estar fazendo mais do que apenas cansá-lo. Segundo um estudo recente, a falta de regularidade no sono pode estar relacionada ao aumento do risco de desenvolver diabetes.
A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de Brigham, acompanhou mais de 60 mil enfermeiras e trouxe insights preocupantes sobre os efeitos dos hábitos de sono.
O que é que causa diabetes?
O estudo, publicado na respeitada revista Annals of Internal Medicine, mostrou que aqueles com horários de sono mais irregulares tinham um risco 20% maior de desenvolver diabetes do que os com rotinas de sono mais estáveis.
- Como adotar hábitos saudáveis e controlar a diabete tipo 2
- 5 sinais discretos na pele podem sinalizar diabetes; saiba reconhecer
- Ingrediente encontrado em ultraprocessados aumenta risco de depressão
- Os benefícios de trocar o elevador pela escada
Realizado entre 2009 e 2016, o estudo observou enfermeiras com idades entre 48 e 68 anos, focando em seus padrões de sono e estilo de vida.
Além dos padrões de sono, o estudo também lançou luz sobre outros hábitos que diferenciam as “pessoas noturnas” das “diurnas”.
Outros hábitos associados ao desenvolvimento de diabetes
Observou-se que as noturnas tendiam a consumir mais álcool e praticar menos atividades físicas, comportamentos que contribuem para um estilo de vida geral menos saudável e um maior risco para diversas enfermidades, incluindo a diabetes.
Importante destacar que o estudo controlou variáveis de estilo de vida, o que reforça a robustez da relação encontrada entre o sono irregular e a diabetes.
O dado aponta para a necessidade de considerarmos não apenas o que fazemos, mas também quando fazemos, como crucial para nossa saúde.
Quais os próximos passos na pesquisa sobre sono e diabetes?
A próxima etapa, segundo Sina Kianersi, médica líder da pesquisa, será expandir a pesquisa para um grupo maior de pessoas noturnas: “Se conseguirmos determinar uma ligação causal entre o cronótipo (sincronização dos ritmos circadianos) e a diabetes ou outras doenças, os médicos poderão adaptar melhor as estratégias de prevenção aos seus pacientes.”
Com uma compreensão mais profunda, médicos poderão personalizar estratégias preventivas de saúde mais eficazes para seus pacientes, considerando seus ritmos biológicos naturais.
O estudo de Kianersi não somente alerta para os riscos associados ao sono irregular, mas também abre caminho para intervenções focadas em estabilizar os horários de descanso como forma de prevenção.
Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo (diabetes tipo 1, tipo 2 ou gestacional) e da gravidade da condição.
Quais são os 30 sintomas da diabetes?
- Sede excessiva (polidipsia);
- Micção frequente (poliúria);
- Fome excessiva (polifagia);
- Perda de peso inexplicada;
- Fadiga extrema;
- Visão turva;
- Feridas de cicatrização lenta;
- Infecções frequentes (por exemplo, de pele ou urinárias);
- Formigamento ou dormência nas mãos ou pés (neuropatia);
- Pele seca e coceira;
- Gengivas vermelhas e inchadas;
- Problemas de gengiva (por exemplo, periodontite);
- Irritabilidade e mudanças de humor;
- Náuseas e vômitos;
- Infecções por fungos (por exemplo, candidíase);
- Pele escurecida em certas áreas (acantose nigricans);
- Perda de sensibilidade nos pés;
- Dor nos pés ou pernas;
- Aumento da frequência de infecções;
- Sensação de fraqueza ou desmaio;
- Dificuldade de concentração;
- Aumento da sede noturna;
- Dores de cabeça frequentes;
- Dificuldade em curar infecções recorrentes;
- Diminuição da libido e disfunção erétil nos homens;
- Menstruação irregular nas mulheres;
- Problemas de visão (por exemplo, visão embaçada ou deterioração da visão);
- Aumento da glicose no sangue (hiperglicemia);
- Presença de cetonas na urina (cetonúria), especialmente em diabetes tipo 1;
- Respiração rápida ou profunda (cetoacidose diabética, em casos graves).
Se você ou alguém que você conhece estiver apresentando vários desses sintomas, é importante procurar orientação médica para avaliação e possíveis testes de diabetes.
Diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para gerenciar a condição e prevenir complicações.