Jejum intermitente emagrece e melhora pressão, diz estudo
Dieta da moda, o jejum intermitente ainda gera muita discussão entre especialistas. Alguns estudos sugerem que a prática pode ter consequências não tão benéficas a longo prazo. Já outros dizem ao contrário.
Um estudo da Universidade de Cornell (EUA), publicado no periódico “Nutrition and Healthy Aging”, mostra que além de ajudar na perda de peso, este tipo de dieta melhora a pressão arterial.
Os pesquisadores acompanharam um grupo de 23 voluntários, com idade média de 45 anos, por 12 semanas e que tinham IMC (Índice de Massa Corporal) 35, que só podiam se alimentar entre 10h e 18h. Após este horário, o grupo só podiam beber água ou bebidas sem calorias.
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De acordo com reportagem do UOL, os cientistas descobriram que aqueles que ficavam 16 horas sem se alimentar consumiram menos calorias, emagreceram e melhoraram a pressão arterial em relação a um grupo de um estudo anterior de perda de peso em um tipo diferente de jejum.
Segundo a pesquisa, os participantes que consumiram cerca de 350 calorias a menos perderam 3% do seu peso corporal e viram a sua pressão arterial sistólica diminuir.
Outros benefícios
Um outro estudo da Harvard T.H. Chan –Escola de Saúde Pública–, em Boston (EUA), revelou que este tipo de dieta pode fazer bem à saúde e até prolongar a vida.
De acordo com informações divulgadas pelo site “Minha Vida”, parceiro do Catraca Livre, este tipo de regime alimentar é capaz de manipular as redes mitocondriais dentro das células, aumentando a vida útil das pessoas.
Interessante, não? E ainda tem mais! O estudo mostra também a capacidade das células de processar a energia ao longo do tempo, provando que os períodos de jejum podem ajudar a chegar em um envelhecimento saudável.
Apesar da descoberta, os pesquisadores ainda precisam realizar uma série de novos testes. Ficou interessado? Confira a matéria na íntegra no site.
Jejum intermitente é uma técnica utilizada para emagrecer intercalando períodos de alimentação e jejum. A ideia é queimar as gorduras já existentes no organismo antes de ingerir novas calorias.
Nobel de medicina
Em 2016 o pesquisador japonês Yoshinori Ohsumi ganhou o Nobel de medicina por sua descoberta de como as células se degradam e reciclam seu próprio conteúdo.
“Suas descobertas abriram o caminho do entendimento para muitos processos fisiológicos, como a adaptação à fome ou respostas para infecção”, disse a academia ao anunciar o prêmio.
De acordo com Yoshinori, o jejum faz as nossas células se comerem –processo chamado de autofagia– o que nos renovaria.
A autofagia é um importante processo de autolimpeza que existe em todas as células de nosso corpo. A redução deste processo leva ao acúmulo de componentes danificados, o que está associado à morte das células e ao desenvolvimento de doenças. Por essa lógica, manter o mecanismo ativo seria uma forma de prevenir problemas.
“O jejum induz a autofagia, isso é sabido. Também sabemos que a autofagia induz a longevidade. A busca agora é entender a conexão entre a autofagia ativada pelo jejum e a longevidade das células”, explicou Soraya Smaili, professora livre-docente da Escola Paulista de Medicina, ao UOL.
- Quer saber mais sobre o que é jejum intermitente? Acompanhe o guia para começar a dieta AGORA!
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