Levantamento: 4 em cada 10 brasileiras não utilizam contraceptivos

Pesquisa revela lacuna entre conhecimento e prática de contraceptivos entre brasileira

Nove entre dez mulheres no Brasil têm consciência dos cuidados necessários para manter a saúde sexual e reprodutiva. No entanto, apenas pouco mais da metade delas faz uso contínuo de contraceptivos.

Esses dados foram levantados em uma recente pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, a pedido da farmacêutica Organon Brasil.

O estudo, conduzido entre julho e agosto de 2023, ouviu 600 mulheres das classes A, B e C, com idades entre 18 e 45 anos. Apesar da alta porcentagem de conscientização, a aplicação para a prática efetiva revelou um cenário preocupante, onde apenas 58% das entrevistadas usam contraceptivos regularmente.

Levantamento: 4 em cada 10 brasileiras não utilizam contraceptivos
Créditos: iSTock
Levantamento: 4 em cada 10 brasileiras não utilizam contraceptivos

Quais são os contraceptivos mais lembrados?

Os dados coletados mostraram que 92% das mulheres já utilizaram contraceptivos em algum ponto de suas vidas.

Quando questionadas sobre quais métodos vêm em primeiro lugar em sua mente, pílulas orais foram citadas por 53%, seguidas por preservativos mencionados por 15%, Dispositivos Intrauterinos (DIUs) por 12%, injeções mensais por 11% e, por último, implantes hormonais, relembrados por apenas 2% das entrevistadas.

Quais contraceptivos são usados regularmente?

Em relação ao uso continuado de contraceptivos, as preferências também seguem a ordem das mais lembradas: pílulas (33%), preservativos (14%), injeções mensais (12%) e trimestrais (9%), DIUs hormonal (9%) e de cobre (7%), implante hormonal (4%) e métodos naturais como tabelinha, coito interrompido e temperatura corporal (2%).

Um dos maiores desafios é o elevado número de gestações não planejadas. Segundo o Relatório de População da ONU de 2023, no Brasil, 1,8 milhão, ou 55,4% de todos os nascimentos, não foram planejados.

Diante desse cenário, é fundamental um investimento cada vez maior em educação sexual, para que todas as mulheres tenham acesso à informação e contraceptivos, garantindo suas escolhas reprodutivas com segurança e autonomia.