Maconha na gravidez é ligada a problema de saúde mental na criança
Estudo descobriu evidências de que essa exposição à cannabis ainda no útero aumenta riscos de doenças como ansiedade e depressão
Um novo estudo publicado na revista científica JAMA Pediatria descobriu que as crianças expostas à maconha no útero são mais propensas a apresentarem problemas de saúde mental à medida que crescem.
De acordo com os pesquisadores, esses problemas podem persistir durante a adolescência, um momento crítico para o desenvolvimento do cérebro.
De acordo com o principal autor do estudo, David Baranger, pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Washington, a pesquisa associou a exposição pré-natal à cannabis com piora dos resultados de saúde mental em crianças de 9 a 10 anos.
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Além de risco aumentado de ansiedade e depressão, essas crianças estariam mais sujeitas a problemas de sono, impulsividade e dificuldades de concentração.
Estudos anteriores indicaram que o uso de cannabis durante a gravidez pode levar a um risco maior de autismo, problemas comportamentais e menor inteligência na criança.
Como o estudo foi feito?
Para explorar os efeitos da ingestão de cannabis durante a gravidez na cognição de uma criança, pesquisadores compararam dados de quase 12.000 crianças.
Uma exploração inicial analisou crianças (então com idades entre 9 e 10 anos) que foram expostas à cannabis no útero.
Os pesquisadores disseram que descobriram que os filhos de mães que continuaram a fumar maconha quando souberam que estavam grávidas eram mais propensos a apresentar sintomas de problemas de saúde mental, o que pode contribuir para condições como ansiedade e depressão.
Dois anos depois, a equipe analisou as mesmas crianças (agora com 11 a 12 anos) e viu que esses sintomas continuaram a persistir à medida que se aproximavam da adolescência. Isso surpreendeu os pesquisadores porque eles achavam que esse problemas diminuiriam com o tempo. No entanto, essas diferenças permaneceram elevadas, mesmo quando as crianças cresceram.