Mãe quebra tabu nas redes sociais amamentando filha de 5 anos
O leite materno é um alimento completo para os bebês no início da vida. Mas, afinal, até quando dar?
Um vídeo de uma mãe amamentando sua filha de 5 anos viralizou no TikTok. O conteúdo foi publicado em 8 de agosto, em alusão ao Agosto Dourado, mês que trata da conscientização da importância de amamentar. O vídeo teve mais de 4,7 milhões de visualizações e mais de 210 mil curtidas.
A publicação recebeu inúmeros comentário positivos e também críticas. “Minha mãe me amamentou até os 5 também, e ela respeitou meu tempo, nunca tivemos problemas com isso, é a coisa mais difícil é eu ficar doente”, disse uma pessoa. “Isso pode atrapalhar tanto o desenvolvimento e amadurecimento dela”, comentou outra.
A mulher que aparece no vídeo é a estudante de pedagogia da Luise Silva Monteiro, de 27 anos. Ela é mãe de três filhas e ativista da amamentação. Ela defende o respeito à livre demanda das crianças e diz que o desmame é guiado por elas.
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“A amamentação é sobre saúde infantil e sobre o direito da mulher e não sobre essa nossa opinião da dor que a gente guarda de não ter sido respeitado na infância ao nos deparamos com criança sendo respeitadas”, defendeu ela em um vídeo.
Os especialistas concordam que há benefícios positivos para a saúde tanto para a criança quanto para a mãe.
A amamentação é conhecida por fornecer proteção contra infecções, diarreia e vômitos em bebês. Para a mãe, a amamentação reduz o risco de câncer de mama porque as taxas de hormônios que favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer caem na mulher.
Mas por quanto tempo amamentar a criança?
A recomendação do Ministério da Saúde é que a amamentação seja feita até os dois anos ou mais e, de forma exclusiva (sem outros alimentos), nos seis primeiros meses de vida.
Há evidências limitadas de benefícios nutricionais adicionais além dos dois anos de idade, mas muitos especialistas orientam as mães a continuarem a amamentação pelo tempo que a criança e ela quiserem.
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Aleitamento materno é sinônimo de vida
O leite materno é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) o melhor e mais completo alimento para um bebê recém-nascido, sendo o único alimento capaz de nutrir todas as necessidades do bebê.
Um recente pesquisa realizada pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil – ENANI-2019 reforça o papel protetor da amamentação contra doenças infecciosas e crônicas da infância, e ainda conclui que mais de 820 mil mortes de crianças menores de cinco anos por ano no mundo poderiam ser evitadas com o ato de amamentar.
Isso se explica porque o leite é rico em imunoglobulinas, anticorpos e várias proteínas, lípides e carboidratos adequados para nutrição. Assim, previne contra as principais doenças do recém-nascido e da infância.
O Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo, sendo referência internacional por utilizar estratégias que aliam baixo custo e alta qualidade e tecnologia. São 225 pontos de coleta, espalhados em todos os estados, que recebem anualmente cerca de 160 mil litros e distribuem para bebês prematuros ou de baixo peso que não podem ser alimentados pelas próprias mães.