Mais de uma centena de condições de saúde dividem o mesmo sintoma relacionado ao olfato
Seu olfato não serve apenas para apreciar o aroma do café pela manhã, ele pode ser uma ferramenta valiosa para a alertar para algum problema de saúde
Muitas pessoas relacionam a perda de olfato a um sintoma de gripe ou resfriado. Mas, de acordo com um estudo, esse sintoma pode ser um sinal de alerta precoce para uma gama surpreendentemente ampla de condições de saúde.
De acordo com a pesquisa, publicada na Frontiers in Molecular Neuroscience, a perda de olfato pode estar relacionada a pelo menos 139 problemas de saúde. Essas incluem Alzheimer, Parkinson, doenças respiratórias, diabetes, hipertensão e até certos tipos de câncer.
Esta descoberta destaca a importância de estar atento à mudança de sensibilidade olfativa, que pode ser um indicador de doenças.
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Perda de olfato pode preceder outros sintomas
O olfato desempenha um papel importante na detecção de perigos, como fumaça ou alimentos estragados, mas também está intimamente ligado à saúde geral do corpo.
A perda olfativa, conhecida como anosmia, pode ocorrer com o envelhecimento, mas também pode ser um sintoma precoce de problemas neurológicos e outras condições sérias.
E o mais intrigante é que, em muitos casos, a perda do olfato precede o desenvolvimento de outros sintomas, às vezes por anos.
É o caso do Parkinson, por exemplo. Em alguns casos, pessoas experimentam uma diminuição do olfato muito antes de mostrarem qualquer outro sintoma da doença.
Da mesma forma, indivíduos que desenvolvem a doença de Alzheimer frequentemente relatam problemas com seu olfato como um dos primeiros sintomas, mesmo antes de notarem quaisquer problemas de memória.
O que explica isso?
Cientistas desconfiam que há uma conexão entre a perda de olfato e a inflamação generalizada no corpo. Isso porque ao examinar as 139 condições relacionadas à perda de olfato, os pesquisadores descobriram que todas elas também apresentavam algum tipo de inflamação.
Essas condições foram classificadas em três categorias principais: neurológicas (que afetam o cérebro e o sistema nervoso), somáticas (relacionadas ao corpo), e congênitas/hereditárias (presentes desde o nascimento ou transmitidas geneticamente).
A ampla lista inclui desde doenças mentais, como depressão e ansiedade, até condições crônicas, como diabetes e doenças cardíacas, evidenciando o quanto a inflamação está presente entre diferentes patologias.