Medicamento que já existe pode ser a chave contra a demência
Droga mostrou-se promissora em manter cérebros mais velhos saudáveis, com a memória aguçada
Um novo estudo sugere que um medicamento bem conhecido, o Viagra, pode ter o potencial de ajudar a proteger o nosso cérebro à medida que envelhecemos. Especula-se também que ser a chave contra um tipo especifico de demência.
O estudo é da Universidade de Oxford e foi publicado na revista Circulation Research.
A pesquisa descobriu que o sildenafil, o ingrediente ativo do Viagra, pode ajudar a reduzir o risco de demência vascular, melhorando o fluxo sanguíneo no cérebro.
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Compreendendo a demência vascular
A demência vascular afeta funções cognitivas como memória, raciocínio e julgamento devido à redução do suprimento de sangue ao cérebro, o que danifica o tecido cerebral.
Esta condição difere da doença de Alzheimer, onde a disfunção cognitiva é causada por placas beta amiloides que bloqueiam a conectividade dos neurônios.
Na demência vascular, as obstruções nos vasos sanguíneos levam a danos nas células cerebrais. Essa é a segunda forma mais comum de demência depois da doença de Alzheimer.
Detalhes do estudo
Os participantes do estudo com doença cerebral de pequenos vasos, um fator de risco para demência vascular, tomaram sildenafil.
Foi possível observar que a droga melhorou o fluxo sanguíneo e reduziu a resistência nos vasos sanguíneos do cérebro. Segundo os pesquisadores, isso poderia ajudar a prevenir o desenvolvimento de demência.
Curiosamente, este não é o primeiro estudo que sugere uma ligação entre o Viagra e a saúde do cérebro.
Pesquisas anteriores em modelos animais mostraram que o Viagra pode melhorar a função cognitiva e a memória.
Além disso, um grande estudo descobriu que o sildenafil estava associado a uma redução de 69% no risco de desenvolver a doença de Alzheimer.
Apesar dos resultados animadores, os pesquisadores reforçam que são necessários novos estudos para compreender completamente o potencial do Viagra na prevenção do declínio cognitivo relacionado à idade.
Entretanto, os especialistas sublinham a importância de fatores de estilo de vida, como uma dieta saudável, exercício regular, na redução do risco de demência.
Hábitos que ajudam a reduzir o risco de demência
Para reduzir o risco de demência, é essencial adotar hábitos saudáveis que, ao longo do tempo, podem fazer uma grande diferença na preservação das funções cognitivas.
Em primeiro lugar, manter uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, é fundamental.
Além disso, o exercício físico regular, como caminhar, nadar ou praticar ioga, não apenas melhora a saúde cardiovascular, mas também beneficia o cérebro.
Por outro lado, é igualmente importante manter a mente ativa através de atividades intelectualmente estimulantes, como ler, fazer palavras-cruzadas ou aprender algo novo.
A socialização frequente com amigos e familiares também pode ajudar a manter o cérebro engajado e combater a solidão, que é um fator de risco para o declínio cognitivo.
Acima de tudo, é fundamental evitar hábitos prejudiciais, como fumar e consumir álcool em excesso, pois ambos podem aumentar significativamente o risco de demência.
Dormir bem, pelo menos 7-8 horas por noite, também é vital, pois o sono de qualidade permite que o cérebro se repare e elimine toxinas.