Médico diz ter pego a Ômicron antes de a OMS ter sido alertada

Cardiologista israelense esteve com mais de 1.200 médicos em um evento antes de ser diagnosticado com a nova cepa

03/12/2021 11:48

Um médico israelense que foi uma das primeiras pessoas no mundo a se diagnosticado com a variante Ômicron suspeita que tenha contraído a cepa quando estava em Londres para uma grande conferência médica com a presença de mais de 1.200 profissionais de saúde. Isso aconteceu antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter sido alertada sobre a existência da nova variante.

A suspeita reforça que a Ômicron já circulava na Europa antes de ser identificada na África do Sul e aumenta o temor de que outros médicos também pudessem ter sido expostos a ela no evento em que o cardiologista estava.

 Médico diz ter contraído a variante Ômicron antes da OMS ter sido alertada sobre a existência da cepa
 Médico diz ter contraído a variante Ômicron antes da OMS ter sido alertada sobre a existência da cepa - reprodução/Sheba Medical Center

Elad Maor estava imunizado com as duas doses da vacinas contra a covid-19 e já tinha recebido o reforço. O resultado positivo par a covid-19 veio três dias após o encontro médico.

Em entrevista ao jornal The Guardian, ele diz ter apresentado sintomas leves, como febre, dores muscular e de garganta.  “As coisas poderiam estar muito piores para os meus amigos e familiares. Tenho certeza que a minha doença seria mais grave se não fosse pela vacina”, disse.

Algumas pessoas que estiveram com o médico foram testadas mais de uma vez, mas o vírus pode levar alguns dias até ser detectado no exame de PCR. No entanto, maioria dos contato estava vacinada com três doses, o que não as deixam tão vulneráveis à infecção.

Ainda não se sabe se as vacinas existentes mantêm eficácia total contra a variante Ômicron. Vários laboratórios estão pesquisando isso.

Cientistas tentam entender se as mutações da Ômicron implicam aumento na transmissão ou queda na eficácia das vacinas
Cientistas tentam entender se as mutações da Ômicron implicam aumento na transmissão ou queda na eficácia das vacinas - AltoClassic/istock