Ministério da Saúde investiga caso de paralisia em criança no Pará
Poliovírus foi identificado em análise de fezes do paciente
O Ministério da Saúde recebeu a notificação de um caso de paralisia de uma criança do município de Santo Antônio do Tauá, no Pará. O menino de 3 anos apresentou perda de força nas pernas, febre e dores musculares.
O diagnóstico ainda não foi fechado, mas a Secretaria de Estado da Saúde Pública do Pará (Sespa) informou que avalia se trata-se de um caso de poliomielite causada pelo poliovírus circulante derivado de vacina.
Um documento de comunicação de risco do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da Secretaria de Saúde do Pará informa que uma criança com paralisia testou positivo para o poliovírus (SABIN LIKE 3), através da metodologia de isolamento viral em fezes. Esse tipo de vírus detectado é um dos componentes da vacina usada como dose de reforço no esquema vacinal.
- Chá de alecrim oferece muitos benefícios à saúde, como auxiliar a digestão e aliviar inchaços
- Segundo a ciência, este exercício é indispensável para evitar demência no futuro
- Conheça os sintomas da Toxoplasmose e como evitar a infecção
- Primeiras horas do bebê: 7 pontos para entender o que acontece após o parto
O poliovírus circulante derivado de vacina é encontrado em populações que não foram completamente vacinadas. Eles levam esse nome porque são uma forma modificada de uma estirpe originalmente contida na vacina oral da poliomielite, que contém uma forma viva, mas enfraquecida do poliovírus.
Outras hipóteses diagnósticas, no entanto, não foram descartadas, como Síndrome de Guillain Barré.
A Sespa ressaltou que presta toda a assistência ao paciente, que se recupera bem em casa. Também informou que incentiva os municípios para que continuem a campanha de vacinação contra a poliomielite, que vai até o dia 31 de outubro, e alcancem a meta da cobertura vacinal.
Poliomielite no Brasil
O último caso de poliomielite registrado no Brasil foi em 1989. No ano de 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem.
Hoje, no entanto, com baixa adesão vacinal, que está em torno de 60%, o país é área de risco de reintrodução da poliomielite.
Ao todo, 14,3 milhões de crianças devem receber a dose da vacina no Brasil. A meta é atingir pelo menos 95% do público-alvo, formado por crianças menores de 5 anos.