Mortes por síndromes respiratórias aumentam mais de 1.000% no Brasil

Em alguns estados, o aumento é de mais de 6.000%

O número de mortes por síndromes respiratórias disparou no Brasil desde o dia 17 de março, data da primeira morte confirmada pelo novo coronavírus (covid-19). De acordo com o Portal da Transparência, a alta é de mais de 1.000% nos óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Em alguns estados, o aumento é de mais de 6.000%. Os dados fazem parte do painel Covid Registral, serviço lançado ontem pelo Portal da Transparência, da Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais).

Manaus tem bom de sepultamentos; Amazonas registra aumento de 4.050% nas mortes caudas por síndromes respiratórias
Créditos: Alex Pazuello/Semcom
Manaus tem bom de sepultamentos; Amazonas registra aumento de 4.050% nas mortes caudas por síndromes respiratórias

A plataforma reúne informações de óbitos causados pela convid-19 e outras doenças respiratórias relacionadas ao novo coronavírus.

Entre os estados que mais contabilizaram aumento no número de mortes por SRAG está Pernambuco, com alta de 6.357% no período da pandemia, seguido por Amazonas (4.050%), Rio de Janeiro (2.500%) e Ceará (1.666%).

Já o estado de São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil, registrou aumento de 866%.



Levantamento revela ainda um aumento do número de mortes por causa indeterminada no Rio de Janeiro desde o início da pandemia –8.533% na comparação com 2019.

Covid Registral

Além das mortes confirmadas ou suspeitas pela covid-19, o painel Covid Registral também contabiliza registros de óbitos por SRAG, pneumonia, septicemia, insuficiência respiratória e causas indeterminadas.

O painel traz uma metodologia própria de contabilização das causas mortis. Seguindo os critérios hierárquicos das regras do Código Internacional de Doenças (CID-10), a plataforma classificar a ordem das causas do falecimento –ao todos são seis– especificando a doença que levou o paciente a óbito.