Mulher morre de câncer após médicos dizerem que ela tinha sinusite
O tumor só foi descoberto quando a doença já tinha avançado
Uma mulher morreu, aos 38 anos, em decorrência de um glioblastoma, um tipo de tumor cerebral agressivo e de crescimento rápido. Seus sintomas iniciais, no entanto, fizeram os médicos confundir o câncer com um quadro de sinusite.
De acordo com a instituição de caridade Brain Tumor Research, os primeiros sinais que levaram Jennifer Roscoe a procurar atendimento, no início de 2019, foram enxaqueca e episódios de vômito.
Acreditando ser uma sinusite recorrente, o médico a receitou betabloqueadores para parar as enxaquecas, mas eles não surtiam efeito. Em 2 de junho de 2019, todo o lado esquerdo dela ficou dormente e ela relatou visão turva.
Ela então passou por uma ressonância magnética, que revelou a presença de um tumor cerebral. O tratamento englobou cirurgia para a retirada do tumor e seis meses de radioterapia e quimioterapia simultâneas.
Mas em janeiro deste ano, após ter problemas de mobilidade, Jennifer fez uma ressonância magnética, que revelou dois novos tumores no cérebro.
Os médicos optaram por uma nova rodada de quimioterapia, mas Jennifer só piorava, até evoluir para um quadro de demência. Em juho deste anos, ela não resistiu e acabou morrendo em casa.
Sintomas comuns de glioblastoma
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil registra 11 mil novos casos de câncer cerebral anualmente, ocupando o décimo lugar entre os diversos tipos da doença.
O glioblastoma é um tipo de câncer que começa como um crescimento de células no cérebro ou na medula espinhal. Cresce rapidamente e pode invadir e destruir tecidos saudáveis.
Esse tipo de tumor pode acontecer em qualquer idade. Mas tende a ocorrer com mais frequência em adultos mais velhos e mais frequentemente em homens. Os sintomas do glioblastoma incluem:
- dores de cabeça que pioram continuamente;
- náuseas e vômitos;
- visão turva ou dupla;
- convulsões.
As opções de tratamento do glioblastoma incluem cirurgia para remoção do tumor, radioterapia, quimioterapia, medicamentos para reduzir o edema cerebral e crises convulsivas e cuidados clínicos de suporte.