Estudo descobre novo fator que aumenta risco de diabetes tipo 2

Estudo indica fator cotidiano que pode aumentar o risco de diabetes tipo 2, mesmo com alimentação saudável

Adultos que dormem pouco têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, aponta estudo
Créditos: iStock/Igor Alecsander
Adultos que dormem pouco têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, aponta estudo

Uma recente pesquisa revelou que adultos que dormem entre três e cinco horas por noite podem ter um risco maior para o desenvolvimento de diabetes tipo 2.

O estudo, realizado por estudiosos da Universidade de Uppsala, na Suécia, está publicado na revista científica JAMA Network Open.

No Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivem com diabetes, correspondendo a quase 7% da população, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes.

Alimentação saudável não é suficiente?

Os pesquisadores afirmam que a privação do sono não pode ser compensada apenas com uma alimentação saudável na prevenção da doença crônica.

“Geralmente recomendo dar prioridade ao sono, embora compreenda que nem sempre é possível”, declarou Christian Benedict, líder do estudo e professor do Departamento de Biociências Farmacêuticas da Universidade de Uppsala.

A pesquisa foi realizada usando informações do UK Biobank, que armazena dados de milhões de pessoas do Reino Unido.

Os pesquisadores acompanharam, durante 10 anos, 247.867 pessoas, que responderam a várias perguntas sobre saúde e estilo de vida.

Risco de diabetes tipo 2 e relação com o sono

Os dados mostraram que os participantes que dormiam entre três e cinco horas diárias apresentavam maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Em contrapartida, as informações também apontaram que hábitos alimentares saudáveis estavam associados a um menor risco de desenvolvimento da doença.

Contudo, mesmo os indivíduos que mantinham uma alimentação balanceada tinham maior risco de diabetes tipo 2 se dormissem menos de seis horas por dia.

Estudo relaciona boa noite de sono com prevenção de diabetes tipo 2
Créditos: iStock/gorodenkoff
Estudo relaciona boa noite de sono com prevenção de diabetes tipo 2

Christian Benedict ressalta que os resultados do estudo devem servir como um lembrete da importância do sono para a saúde.

Ele também chama atenção para o fato de que os efeitos da privação do sono podem variar de pessoa para pessoa, considerando aspectos como genética e a real necessidade de sono do indivíduo.

“Os nossos resultados são os primeiros a questionar se uma dieta saudável pode compensar a falta de sono em termos do risco de diabetes tipo 2. [As descobertas] não devem causar preocupação, mas, sim, ser vistas como um lembrete de que o sono desempenha um papel importante na saúde”, explicou, em comunicado à imprensa.

Afinal, como prevenir diabetes 2?

  • Dormir bem: como o estudo sugeriu, o ideal é dormir mais de seis horas por dia.
  • Tenha alimentação balanceada: priorize uma dieta rica em verduras, legumes e frutas. Consuma pelo menos três porções de frutas diariamente. Por outro lado, reduza o consumo de sal, açúcar e gorduras, optando por alimentos frescos e naturais.
  • Pare de fumar: pois o tabagismo está associado a um aumento significativo no risco de desenvolver diabetes tipo 2, além de outras doenças graves.
  • Pratique atividade física regularmente: faça exercícios físicos regularmente, dedicando pelo menos 30 minutos todos os dias a atividades que elevem sua frequência cardíaca e promovam a saúde cardiovascular. Caminhar, correr, nadar, dançar ou praticar esportes são excelentes opções.
  • Mantenha um peso saudável: mantenha seu peso sob controle, adotando um estilo de vida ativo e uma dieta equilibrada. Pois a obesidade e o sobrepeso são fatores de risco significativos para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Além desses passos fundamentais, é essencial manter-se em dia com as consultas médicas e exames preventivos. Conhecer o histórico familiar de diabetes pode ajudar a identificar possíveis predisposições genéticas.

Portanto, compartilhe qualquer sinal ou sintoma incomum com seu médico para um diagnóstico precoce e, por fim, tratamento adequado.