Antidepressivos causam efeitos colaterais após uso ser interrompido

Saiba o que acontece com o corpo quando você para de tomar antidepressivos

Quando você vive com depressão, tomar antidepressivos pode melhorar consideravelmente a vida. Mas quando você começar a se sentir melhor e seu médico dá permissão, você pode considerar interromper o medicamento.

Mas como isso afeta o corpo e a mente?

Embora não sejam viciantes, as pessoas que param de tomar antidepressivos podem sentir sintomas de abstinência – às vezes chamados de síndrome de descontinuação de antidepressivos.

Na verdade, mais da metade das pessoas que param de tomar antidepressivos relatam efeitos de abstinência, de acordo com uma revisão sistemática de outubro de 2019 no jornal científico Addictive Behaviors.

Entenda o que acontece com o corpo quando você para de tomar antidepressivos
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Entenda o que acontece com o corpo quando você para de tomar antidepressivos

Efeitos colaterais dos antidepressivos

Os efeitos da abstinência dos antidepressivos podem ser resumidos da seguinte maneira, de acordo com o Canadian Medical Association Journal:

  • Sintomas semelhantes aos da gripe (letargia, fadiga, dor de cabeça, dores e suores)
  • Insônia (com sonhos vívidos ou pesadelos)
  • Náuseas (e às vezes vômitos, diarreia e perda de apetite)
  • Desequilíbrio (tonturas, vertigens e desmaios)
  • Distúrbios sensoriais (“sensações de queimação”, “formigamento”, “tipo elétrico” ou “semelhante a choque” e zumbido nos ouvidos)
  • Hiperexcitação (ansiedade, irritabilidade, agitação, inquietação, agressão, mania e espasmos)

Tipos mais comuns de antidepressivos

Os dois tipos mais comuns de antidepressivos – inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) e inibidores da recaptação da serotonina e norepinefrina (SNRIs) – alteram os níveis de neurotransmissores no cérebro responsáveis ​​pelo envio de sinais por todo o corpo.

Mais especificamente, os SSRIs e SNRIs aumentam a quantidade de serotonina no cérebro – um neurotransmissor responsável pelo humor, sono e dor.

O que acontece com o corpo com o uso de antidepressivos

Com o tempo, seu corpo se acostuma com esse novo aumento na quantidade de serotonina. Porém, quando você para de tomar antidepressivos, seus níveis de serotonina mudam novamente.

Essa mudança causa um desequilíbrio neuroquímico no corpo. Em outras palavras: seu corpo tem que trabalhar duro para reequilibrar seus níveis naturais de serotonina, de acordo com a American Psychological Association (APA).

Como esses neurotransmissores afetam todo o corpo, uma mudança em seus níveis pode causar uma série de efeitos colaterais mentais e físicos.

Sentir-se deprimido também é um sintoma de abstinência, junto com problemas cognitivos como pensamento lento e dificuldade de concentração.

Quanto tempo duram os sintomas de abstinência dos antidepressivos?

De acordo com a APA, os sintomas de abstinência devem desaparecer dentro de dias ou semanas, mas evidências mais recentes mostraram que pode levar muito mais tempo.

Na verdade, para algumas pessoas, a abstinência pode durar meses. Mas os sintomas que aparecem e quanto tempo leva para diminuir variam de pessoa para pessoa.

Por exemplo, se você toma antidepressivos há anos, os efeitos colaterais da abstinência podem ser mais perceptíveis do que se você os toma há apenas alguns meses.

Como parar de tomar antidepressivos com segurança

É importante nunca parar de tomar antidepressivos sem orientação do seu médico, psiquiatra ou terapeuta. Parar muito abruptamente pode aumentar o risco de efeitos de abstinência ou de retorno da depressão.

Muitos médicos podem reduzir a dose gradualmente. Isso ajuda a minimizar (e possivelmente prevenir) os sintomas de abstinência e dar tempo ao seu corpo para se ajustar.

Quais são os antidepressivos mais comuns?

Os antidepressivos mais comuns e mais utilizados são os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, como a fluoxetina, citalopram, paroxetina, sertralina, fluvoxamina e escitalopram, segundo informações do Jornal da USP.

Antidepressivos podem apresentar efeitos colaterais
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Antidepressivos podem apresentar efeitos colaterais

Isso porque esses remédios apresentam maior segurança e efeitos colaterais mais leves. O efeito desses medicamentos antidepressivos ocorre por fazer com que a serotonina permaneça disponível por mais tempo no corpo, causando melhora no humor dos pacientes.

Qual é a função do antidepressivo?

Os remédios antidepressivos são amplamente empregados no combate à depressão. Estes medicamentos auxiliam na diminuição dos sintomas associados à doença, como tristeza, angústia, falta de energia, dificuldade de concentração e interesse, distúrbios do sono e apetite, além de pensamentos negativos, restaurando o equilíbrio do humor.

Além disso, podem ser prescritos para tratar outras condições psicológicas, como o transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade ou transtorno de estresse pós-traumático. Em algumas situações, os antidepressivos também podem ser eficazes no tratamento da insônia e da dor crônica.

Qual é o melhor antidepressivo para dar ânimo?

Os antidepressivos mais utilizados para dar ânimo são os ISRSs e os SNRIs, como alprazolam, diazepam, buspirona e o lorazepam. Esses medicamentos atuam na reabsorção da serotonina e da norepinefrina, aumentando a atividade dessas substâncias no cérebro.

A bupropiona também é uma medicação que pode ser utilizada para potencializar outros antidepressivos, como o brintellix. Essa associação de medicamentos é muito usada e costuma apresentar resultados satisfatórios.

Remédios antidepressivos podem aumentar a atividade de serotonina no cérebro
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Remédios antidepressivos podem aumentar a atividade de serotonina no cérebro

Qual o remédio mais vendido para depressão?

Entre os antidepressivos mais vendidos destacam-se os Antidepressivos Tricíclicos, os Benzodiazepínicos e os Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina (ISRS).

Os mais vendidos são:

  1. Velija;
  2. Fluoxetina;
  3. Escitalopram;
  4. Bupropiona;
  5. Alprazolam;
  6. Bromazepam;
  7. Clonazepam.

Qual o antidepressivo mais forte?

Os medicamentos mais eficazes contra depressão, de acordo com estudo da revista científica The Lancet, são: agomelatina, amitriptilina, escitalopram, mirtazapina e paroxetina. Já os menos eficazes são: fluoxetina, fluvoxamina, reboxetina e trazodona.

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