Ômicron: a diferença nos sintomas entre vacinados e não vacinados

Variante manifesta-se de maneira diferente entre o grupo dos protegidos e dos que não receberam nenhuma dose da vacina

A variante Ômicron continua a espalhar pelo mundo, atingindo tanto pessoas não vacinadas quanto vacinadas. Mas os sintomas da nova cepa do coronavírus podem não ser sempre os mesmos para todo mundo.

Ao jornal New York Times, a Dra. Maya N. Clark-Cutaia, professora da Faculdade de Enfermagem Meyers da Universidade de Nova York, disse que pessoas vacinadas estão relatando dores de cabeça, dores no corpo e febre quando infectadas pela Ômicron.

Já pacientes não vacinados relatam com mais frequência tosse, falta de ar e sintomas semelhantes aos da gripe.

A maior diferença entre o grupo dos vacinados e dos não vacinados, no entanto, não está nos tipos de sintomas, mas sim na gravidade dos mesmos, de acordo com o Dr. Peter Chin-Hong , especialista em doenças infecciosas da Universidade da Califórnia, em São Francisco.

Variante Ômicron manifesta sintomas de maneira diferente entre vacinados e não vacinados
Créditos: Dusan Stankovic/istock
Variante Ômicron manifesta sintomas de maneira diferente entre vacinados e não vacinados

“Há poucos dados sistemáticos até agora, mas espero que muitas pessoas vacinadas e especialmente com dose de reforço estejam experimentando sintomas muito leves e há uma proporção maior de pessoas vacinadas que não apresentam sintomas”, disse ele.

As pessoas vacinadas também costumam apresentar sintomas da variante Ômicron por um período menor de tempo.

Segundo Chin-Hong, aquelas que estão totalmente vacinadas terão sintomas por um ou dois dias, enquanto as não vacinadas terão sintomas por cinco ou mais dias.

Duração dos sintomas entre os vacinados tende a ser menor
Créditos: NiseriN/istock
Duração dos sintomas entre os vacinados tende a ser menor

Vacinas salvam vidas

É por isso que completar o esquema vacinal com duas doses e o reforço é tão importante, já que quadros menos graves evitam superlotação de hospitais e reduzem o risco de morte.

Se já chegou a sua vez de tomar o reforço, procure um posto de vacinação. Estudos observaram uma queda de nível dos anticorpos alguns meses após as duas primeiras doses.

Já com a terceira aplicação da vacina, o corpo ganha uma dose extra de anticorpos circulantes, o que irá reduzir a chance de infecção pela Ômicron ou qualquer outra variante.