Ômicron pode ser vírus de mais rápida propagação, dizem pesquisadores
Nova cepa é dominante em várias nações do mundo e está levando à explosão do número de casos de covid-19
A variante do coronavírus Ômicron pode ser o vírus de propagação mais rápida já conhecido da história da humanidade, alertou o médico Roby Bhattacharyya, especialista em doenças infecciosas do Massachusetts General Hospital, nos EUA.
“É uma propagação incrivelmente rápida”, disse o médico em entrevista ao jornal El Pais. A nova cepa, detectada pela primeira vez na África do Sul é dominante em várias nações do mundo e está levando à explosão do número de casos de covid-19.
O especialista comparou a variante Ômicron ao sarampo, um dos vírus mais contagiosos, e concluiu que, num cenário de ausência de vacinação, um caso de sarampo daria origem a mais 15 casos em apenas 12 dias. Já um caso de Ômicron daria origem a 216 casos no mesmo período.
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Isso significa que, em 35 dias, a Ômicron poderia atingir 280 mil pessoas, enquanto o sarampo afetaria 2.700.
Porém, num cenário em que a maioria da população está vacinada ou já teve covid-19, o especialista estima que cada pessoa infectada com a variante infecta apenas três outros indivíduos.
A mesma visão é dividida por outros pesquisadores, como o historiador e médico Anton Erkoreka, que pesquisa epidemias do passado. “É o vírus mais explosivo e de disseminação mais rápida da história”, declarou ele.
Apesar da alta capacidade de propagação, a Ômicron até agora se mostra menos grave. Estudos preliminares sugerem que tem menor capacidade de infectar os pulmões, o que pode explicar a sua maior capacidade de infecção e menor letalidade.