Os 3 fatores de risco mais prejudiciais para a demência
Estudo com cerca de 40.000 britânicos analisou 161 comportamentos ou doenças que estão ligados à condição
Cientistas revelaram os três fatores de risco mais prejudiciais – mas evitáveis - para a demência.
Eles descobriram que diabetes, poluição do ar e álcool estão entre os fatores que devem ter ponto de atenção.
Esses fatores foram os mais propensos a afetar um “ponto fraco” no cérebro, que é particularmente vulnerável à esquizofrenia e à doença de Alzheimer.
Metodologia do estudo
O estudo, publicado na Nature Communications, analisou exames cerebrais de 40 mil britânicos com idades entre 44 e 83 anos.
Os pesquisadores examinaram 161 fatores de risco para demência e classificaram seu impacto nessa rede cerebral vulnerável, além dos efeitos naturais da idade.
Eles classificaram esses chamados fatores de risco modificáveis — já que eles podem ser potencialmente alterados ao longo da vida para reduzir o risco de demência — em 15 categorias.
- pressão arterial
- colesterol
- diabetes,
- peso
- consumo de álcool
- tabagismo
- humor depressivo
- inflamação
- poluição
- audição
- sono
- socialização
- dieta
- atividade física
- educação
As descobertas sugerem que as regiões específicas do cérebro associadas à condição eram mais vulneráveis ao álcool, ao diabetes e à poluição atmosférica relacionada ao trânsito.
O que torna este estudo especial é que os autores examinaram a contribuição única de cada fator de risco, observando todos eles juntos para avaliar a degeneração resultante.
E depois de levarem em conta os efeitos da idade e do sexo, surgiram os três fatores mais prejudiciais.
Demência
Atualmente, mais de 55 milhões de pessoas têm demência no mundo todo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela é hoje a sétima principal causa de morte e uma das principais causas de incapacidade e dependência entre idosos em todo o mundo.
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência e acredita-se que seja causada pelo acúmulo de proteínas no cérebro, incluindo tau e amiloide.
Atualmente, não há cura para a doença, embora medicamentos promissores para retardar seu progresso começam a ser aprovados.
Sinais de demência
- Problemas de atenção – dificuldade de concentração, por exemplo, ao assistir a um programa de TV ou ao realizar tarefas no trabalho
- Desorientação – confusão sobre hora, data ou lugar
- Problemas com comunicação e encontrar as palavras certas
- Mudanças de humor e comportamento – ficando irritado, ansioso ou sentindo-se deprimido
- Dificuldades em resolver problemas ou tomar decisões
- Julgar mal as distâncias dos objetos visualmente.
A maioria dos sintomas piora com o tempo, enquanto outros podem desaparecer ou ocorrer apenas nos estágios finais da demência. Conforme a doença progride, a necessidade de ajuda com cuidados pessoais aumenta.