Os cânceres silenciosos e seus fatores de risco
Muitos desses tumores são descobertos acidentalmente ou quando estão em estágio avançado
É sempre importante consultar um médico se você começar a sentir sintomas estranhos, mas alguns tipos de câncer não apresentam sinais fáceis de detectar. Muitas vezes, os chamados cânceres silenciosos são identificados acidentalmente – quando se está investigando outra condição – ou apenas quando já estão em estágios mais avançados.
Veja abaixo alguns tipos e os fatores de risco:
Câncer de intestino
O câncer de intestino é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso. Dependendo de onde começa, também é conhecido como câncer de cólon ou câncer retal. Ele quase sempre se desenvolve a partir de pólipos, lesões benignas que crescem.
Sintomas comuns incluem dor abdominal persistente, inchaço, cólicas, presença de sangue nas fezes e alterações nos hábitos intestinais (por exemplo, constipação, diarreia ou fezes mais ralas).
Os fatores de risco para o câncer no intestino são: obesidade, sedentarismo, dieta com muita carne vermelha e carnes processadas, tabagismo e consumo excessivo de álcool.
Pessoas com histórico da doença na família também têm maior risco de ter a doença e por isso precisam iniciar os exames de rastreamento mais cedo.
Câncer cervical
O câncer cervical ou de colo do útero geralmente não apresenta sintomas no início, tornando-o difícil de detectar.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse câncer é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colorretal.
Para detectá-lo, todas as mulheres precisam fazer exames regulares para testar a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) – que é uma das principais causas.
Os sintomas comuns incluem sangramento vaginal entre os períodos, durante ou após o sexo e após a menopausa, períodos mais intensos, alterações no corrimento vaginal, dor durante o sexo e dor na parte inferior das costas, abdômen inferior e área pélvica.
O tabagismo, a iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros sexuais e o uso de contraceptivos orais são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de câncer do colo do útero.
Câncer de fígado
O câncer de fígado pode afetar qualquer parte do fígado, localizada acima do estômago, no lado direito do corpo.
Muitos sintomas de câncer de fígado estão relacionados a problemas de digestão, como náuseas, vômitos, fezes mais claras, urina mais escura e sensação de saciedade depois de comer apenas uma pequena quantidade de comida.
Outros sintomas incluem icterícia, onde o branco dos olhos fica amarelo, dor no ombro direito, perda de peso não intencional, perda de apetite, fadiga, febre e mal-estar.
Pessoas do sexo masculino, acima dos 60 anos, com um parente próximo (irmão ou pai) que o teve a doença tem mais chances desenvolver esse tipo de câncer também.
O risco também aumenta em pessoas diabetes , cálculos biliares, hepatite, HIV ou cirrose hepática.
Câncer de pulmão
O câncer de pulmão é o câncer mais comum e o que causa mais mortes em todo o mundo. A maioria dos cânceres de pulmão se desenvolve de forma silenciosa e é descoberta em exames de rotina.
Quando existem sinais, eles incluem: tosse persistente, falta de ar ao realizar atividades que geralmente não são cansativas, tosse com sangue, fadiga, perda de apetite, dor no peito ou nos ombros, infecções repetidas ou persistentes no peito e perda de peso não intencional.
O cigarro é o principal fator de risco para o câncer de pulmão. 90% dos pacientes que têm câncer de pulmão são ou foram fumantes.
Câncer de pâncreas
O câncer de pâncreas geralmente não apresenta sintomas até que a doença já esteja em estágio avançado. Neste caso, a pessoa pode ter dor abdominal que irradia para as costas, perda de apetite ou perda de peso não intencional, amarelecimento da pele e do branco dos olhos (icterícia), fezes de cor clara e urina de cor escura, entre outros sintomas.
Os médicos identificaram alguns fatores que podem aumentar o risco desse tipo de câncer, incluindo cigarro, obesidade, diabetes tipo 2, pancreatite crônica, histórico familiar de câncer de pâncreas ou de pancreatite hereditária causada por mutações no gene PRSSI.