Os medicamentos que podem aumentar ou reduzir o risco de demência
Pesquisa com mais de 130 milhões de registros médicos identificou a influência dos medicamentos no nosso cognitivo
Uma pesquisa publicada no periódico médico Alzheimer’s & Dementia descobriu que certos medicamentos se mostraram promissores na redução do risco de demência, enquanto outros podem exigir cautela extra devido ao risco potencialmente maior.
A pesquisa, que revisou os registros médicos de mais de 130 milhões de pessoas, teve como objetivo identificar ligações entre diferentes classes de medicamentos e demência na esperança de desenvolver estratégias preventivas.
Medicamentos “protetores”
Medicamentos anti-inflamatórios foram associados a um risco reduzido de demência. Antibióticos, antivirais e vacinas, como para hepatite, difteria e febre tifoide, também foram associados a um efeito protetor “significativo” contra demência, reduzindo a probabilidade de desenvolver a doença.
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Os pesquisadores sugeriram que essas classes de medicamentos poderiam oferecer uma nova rota para estratégias de prevenção da demência.
Isso poderia se concentrar em fortalecer o sistema imunológico e reduzir a inflamação cerebral como uma defesa contra o declínio cognitivo.
Medicamentos ligados a risco aumentado
No entanto, o estudo também descobriu que certos medicamentos para diabetes, como pioglitazona, antipsicóticos e benzodiazepínicos, geralmente usados para tratar ansiedade, insônia e convulsões, apresentaram um risco elevado de demência.
Ao analisar os medicamentos prescritos uma década ou mais antes do diagnóstico de demência, os antidepressivos e os antipsicóticos se destacaram devido às maiores taxas de demência associada.
Outros medicamentos associados a um risco aumentado incluem aqueles usados para náusea, vertigem, distúrbios geniturinários e problemas gastrointestinais superiores, como doença de refluxo, indigestão e azia.
O estudo também examinou outros medicamentos, resultando em resultados mistos. Isso incluiu medicamentos vasculares e metabólicos como estatinas, tipicamente prescritos para controlar os níveis de colesterol.