Pesquisadores alertam para algo comum que pode desencadear câncer
Autores de estudo acreditam que inflamação de baixo grau pode se a explicação para o desenvolvimento da doença
Especialistas da Universidade Lynd, na Suécia, descobriram a ligação entre tatuagem o desenvolvimento de câncer no sistema linfático.
De acordo com os pesquisadores, tatuar o corpo pode aumentar o risco de câncer no sangue em 21%.
As descobertas fazem parte de um esforço para descobrir o impacto potencial das tatuagens no corpo e se há algum impacto na saúde a curto ou longo prazo. Os resultados saíram na revista eClinicalMedicine.
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Os pesquisadores estudaram 11.905 pessoas e desse grupo 2.938 participantes com idades entre 20 e 60 anos tinham linfoma.
Daqueles com linfoma, 21% deles, 289, tinham tatuagens, em comparação com o grupo de controle de 735 que não tinham linfoma.
Após a publicação do estudo, os autores garantiram que o tipo de câncer ao qual eles encontraram uma ligação era incrivelmente raro e que seriam necessários mais investigações.
O que explica a ligação?
Os pesquisadores especulam que essa ligação poderia se dar pela “inflamação de baixo grau” no corpo, mas que o quadro era “mais complexo” do que se pensava inicialmente.
Como resultado, este único estudo não significa que fazer uma tatuagem levará definitivamente ao desenvolvimento de câncer no sistema linfático de alguém.
Quais os tipos de linfoma existem?
De acordo com o Inca, os linfomas são tipos de câncer que se originam nos linfócitos, um tipo de glóbulo branco essencial para o sistema imunológico. Eles são divididos principalmente em dois grandes grupos: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin.
Cada um desses grupos tem características distintas e subtipos variados.
Primeiramente, o linfoma de Hodgkin, também conhecido como doença de Hodgkin, é caracterizado pela presença de células específicas chamadas células de Reed-Sternberg.
Essas células grandes e anormais são o principal marcador diagnóstico deste tipo de linfoma.
O linfoma de Hodgkin é mais comum em jovens adultos e pode se espalhar de forma ordenada de um grupo de linfonodos para outro.
Já o linfoma não-Hodgkin (LNH) é um grupo muito mais heterogêneo de cânceres linfáticos, com mais de 60 subtipos diferentes.
Eles variam amplamente em termos de comportamento, desde formas indolentes (de crescimento lento) até formas agressivas (de crescimento rápido).
Quais os sintomas comuns de linfoma?
No entanto, alguns sintomas específicos podem ajudar a identificar a presença de um linfoma.
O sintoma mais frequente do linfoma é o inchaço indolor dos linfonodos, que são glândulas que se encontram no pescoço, axilas, ou virilha. Esses linfonodos inchados podem ser palpáveis e visíveis.
Além disso, muitas pessoas com linfoma experimentam febre sem uma causa aparente, além de suores noturnos intensos que podem molhar os lençóis e pijamas.
Outro sinal da doença é a perda de peso significativa. Geralmente ocorre mais de 10% do peso corporal em um período de seis meses, sem alteração na dieta ou nos níveis de atividade física.
Ademais sentir-se constantemente cansado e sem energia, mesmo após descansar ou dormir bem, é um sintoma comum entre aqueles com linfoma.
Como é o tratamento para linfoma?
O tratamento do linfoma envolve várias abordagens, dependendo do tipo específico de linfoma, da extensão da doença e da saúde geral do paciente.
Primeiramente, a quimioterapia é uma forma comum de tratamento, utilizando medicamentos para destruir células cancerígenas.
Além disso, a radioterapia pode ser empregada para atacar células cancerígenas em áreas específicas do corpo.
Ademais, a imunoterapia, que ajuda o sistema imunológico a combater o câncer, também é uma opção, especialmente para linfomas não-Hodgkin.
Outro tratamento importante é o transplante de células-tronco, que pode ser necessário em casos mais agressivos ou quando outros tratamentos não são eficazes.
Este procedimento envolve a substituição das células-tronco danificadas por células saudáveis.
Além disso, terapias direcionadas, que utilizam medicamentos para identificar e atacar células cancerígenas específicas sem danificar muitas células normais, são cada vez mais utilizadas.
Em alguns casos, a vigilância ativa, ou “espera vigilante”, pode ser apropriada, especialmente para linfomas indolentes de crescimento lento, onde o tratamento imediato pode não ser necessário.
Durante essa fase, o paciente é monitorado regularmente para avaliar a progressão da doença.
Portanto, o tratamento do linfoma é multifacetado, envolvendo uma combinação de quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, transplantes de células-tronco e terapias direcionadas, ajustadas às necessidades individuais do paciente para maximizar a eficácia e minimizar os efeitos colaterais.