Pesquisadores ensinam técnica simples para reduzir efeito do álcool

Pesquisadores defendem que a descoberta poderia ajudar a tratar pacientes que sofrem de intoxicação por álcool

Passou dos limites da bebedeira? De acordo com pesquisadores canadenses, há um método simples capaz de reduzir o efeito do álcool no corpo. Eles descobriram que a hiperventilação é o segredo.

Eles levantaram a hipótese de que quanto mais alguém respira profundamente, mais álcool é eliminado.

Já sabe-se que o fígado desempenha o papel predominante na remoção do álcool presente no corpo humano, eliminando quase 90% dele. Mas a eliminação dos outros 10% é trabalho dos pulmões.

Em um artigo publicado na revista Scientific Reports, os investigadores de Toronto descreveram como a respiração profunda feita com a ajuda de um dispositivo que regula os níveis de dióxido de carbono pode eliminar o álcool muito mais rapidamente do que os tratamentos convencionais.

Respiração profunda com a ajuda de um dispositivo pode reduzir o efeito do álcool
Créditos: HayDmitriy/DepositPhotos
Respiração profunda com a ajuda de um dispositivo pode reduzir o efeito do álcool

O dispositivo fornece dióxido de carbono aos usuários a partir de um tanque, garantindo que os níveis de CO2 no sangue permaneçam constantes – evitando assim tonturas e náuseas durante a hiperventilação.

Como o estudo foi feito?

Operando com a hipótese de que os pulmões poderiam desempenhar um papel crítico na eliminação do etanol, a equipe fez com que um grupo de cinco adultos bebesse meio copo de vodca em duas ocasiões.

Após a primeira bebida, os participantes demoraram entre duas e três horas para eliminar metade do etanol do corpo, de acordo com os resultados do bafômetro.

Na segunda vez, eles foram instruídos a hiperventilar. A cada expiração, o álcool que evaporou do sangue é liberado.

O corpo foi capaz de eliminar o etanol a uma taxa três vezes mais rápida do que esperar que o fígado o processasse.

Mais estudos são necessários

Os pesquisadores alertam, no entanto, que a amostra da pesquisa é pequena e requer mais testes.

Mas eles dizem ter esperança de que, com mais estudos de validação, esse método possa facilmente se tornar uma abordagem padrão para tratar muitos tipos de envenenamentos com monóxido de carbono, etanol, metanol e envenenamento por solvente.