Cientistas revelam primeira imagem microscópica da variante Ômicron
Micrografia mostra dano celular ocasionado pela cepa em um macaco infectado intencionalmente
Cientistas da Universidade de Hong Kong revelaram a primeira imagem da variante Ômicron do coronavírus obtida com um microscópio eletrônico.
A equipe composta por médicos, incluindo patologistas e virologistas, conseguiu tirar a micrografia eletrônica de uma célula de rim de macaco depois que ele foi infectado intencionalmente com a variante.
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Ampliada, a imagem à esquerda mostra, segundo os pesquisadores, que a cepa danificou as células com vesículas, que ficaram inchadas e com pequenas partículas virais pretas.
Já a imagem da direita mostra uma alta ampliação desta mesma célula, mas mostrando as partículas virais mais de perto.
Além disso, a ampliação revelou agregados das partículas virais com pontas em forma de coroa na superfície.
Variante Ômicron
A variante Ômicron identificada pela primeira vez na África do Sul já foi rastreada em pelo menos 40 países.
Ela é conhecida por um número alto de mutações. São 50 no total, com mais de 30 alterações em sua proteína de pico (spike). Essa característica provocando temores sobre a eficácia das vacinas existentes contra a covid-19.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que os estudos preliminares mostram que a nova cepa não apresenta um comportamento mais “letal”, mas acrescentou que a nova variante é cinco a seis vezes infecciosa do que as variantes anteriores, especialmente a variante Delta.
Além disso, a variante Ômicron parece reduzir a atividade neutralizante de anticorpos produzidos por imunidade natural, o que significa que pessoas que já tiveram a doença poderiam ser mais facilmente reinfectadas pela nova cepa.