Primeiro sinal da Ômicron pode se arrastar mesmo após a cura

Sintoma incômodo surge logo no início, quando a pessoa ainda não sabe que foi contaminada

18/02/2022 12:12

A covid-19 causa diversas manifestações no corpo, embora os sintomas possam variar entre as pessoas. A variante Ômicron, que é dominante hoje no mundo, colocou em evidência algumas dessas reações, sendo que uma delas é indicativo do primeiro sinal da infecção pela cepa.

O conselho do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) observou a partir de estudos que é comum a variante causar dores de cabeça já nos primeiros dias da doença. É geralmente quando a pessoa ainda não sabe que foi contaminada.

Dor de cabeça pode ser primeiro sintoma que infectados com a Ômicron sentem
Dor de cabeça pode ser primeiro sintoma que infectados com a Ômicron sentem - Cecilie_Arcurs/istock

O problema é que esse sintoma incômodo, em algumas pessoas, não passa mesmo após a recuperação da doença, e pode ser sentido diariamente, configurando o quadro chamado de covid longa, que pode durar meses.

De acordo com o NHS, essas problema pode ser mais frequente naqueles pacientes que têm histórico de dores de cabeça.

O órgão de saúde diz que tomar analgésicos para o alívio da dor é uma opção, mas “idealmente” deve ser limitado a menos de três dias por semana.

O NHS ainda recomenda buscar ajuda médica, caso os analgésicos não ajudarem e a dor de cabeça piorar.

Covid longa

A covid longa, ou seja, o conjunto de sequelas causadas pela infecção por coronavírus, pode afetar tanto pessoas que tiveram sintomas leves ou graves.

De acordo com um estudo feito por pesquisadores australianos e publicando na revista científica Nature Immunology, essas sequelas podem persistir após 8 meses das recuperação da doença.

A principal conclusão é que esses sintomas persistentes são causados pelo funcionamento anormal do sistema imunológico. É como se ele não voltasse ao estágio pré-infecção.

Um em cada cinco infectados pode ter covid longa, segundo a OMS
Um em cada cinco infectados pode ter covid longa, segundo a OMS - Udomkarn Chitkul/istock