Em caso raríssimo, uma das gêmeas nasce dentro do saco gestacional

Parto empelicado comoveu equipe que o acompanhou; veja o vídeo abaixo

O nascimento de gêmeas em Iporá, no interior de Goiás, surpreendeu a equipe médica. Uma das bebês, Isabella, veio ao mundo ainda dentro de seu saco gestacional, ou seja, sem romper a bolsa, e na posição pélvica (sentada). A outra menina, Rafaella, que nasceu minutos antes, já estava fora da bolsa.

As imagens do parto empelicado, como são chamados nascimentos assim, foram gravadas e publicadas no perfil do Instagram da obstetra Leandra Campos, que já fez outros partos empelicados, mas nunca antes de um bebê em posição pélvica.

Em caso raríssimo, uma das gêmeas nasce dentro do saco gestacional
Créditos: reprodução/Instagram
Em caso raríssimo, uma das gêmeas nasce dentro do saco gestacional

O nascimento ocorreu no Hospital Evangélico em Iporá em 10 de outubro. A mãe das gêmeas, Naiara Santos, precisou de cesariana para dar à luz suas filhas.

Atenção para imagens sensíveis:

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Parto empelicado

Partos empelicados acontecem quando a bolsa amniótica, que abrigou o bebê durante toda a gestação, não é rompida durante o trabalho de parto. Nascimentos desse tipo são raros e acontecem em um a cada 80 mil, de acordo com estudos publicados na revista científica Case Reports in Obstetrics and Gynecology.

Isso pode acontecer tanto em partos vaginais, como em cesáreas.

A bolsa amniótica é uma membrana fina de duas camadas que encapsula o feto e o líquido amniótico.

Esta bolsa se conecta com a placenta, através do cordão umbilical, que fornece ao bebê o que ele precisa durante a gestação.

Seu rompimento geralmente acontece no final do período gestacional indicando o fim da gravidez e o início do trabalho de parto. Em casos raros, no entanto, o bebê pode sair da barriga da mãe com ela ainda inteira.

Cabe, então, ao médico romper o saco para permitir que o bebê respire, já que ele pode não ter mais oxigênio fornecido por não estar dentro de sua mãe.