Refluxo gastroesofágico: os sinais de alerta para a condição

O tratamento geralmente começa com modificações na dieta e no estilo de vida

16/09/2023 10:15

O refluxo gastroesofágico é uma patologia muito comum. É caracterizada pela passagem do suco gástrico para o esôfago (o tubo muscular que conecta a garganta ao estômago), causando regurgitação ácida e sensação de queimação.

A mudança nos ácidos pode ser fisiológica, por exemplo, se você permanecer deitado de costas imediatamente após as refeições, ou pode ser uma patologia quando se torna doloroso e não desaparece rapidamente.

Refluxo gastroesofágico  provoca uma variedade de sintomas
Refluxo gastroesofágico  provoca uma variedade de sintomas - Arnav Pratap Singh/istock

Quais são os sintomas do refluxo gastroesofágico?

Os sintomas mais comuns do refluxo gastroesofágico são:

  • halitose
  • azia
  • queimação
  • náusea
  • regurgitação ácida

Outros sintomas, não diretamente relacionados com a patologia, também podem estar associados, tais como:

  • asma
  • dor no peito
  • insônia
  • laringite
  • infecção na orelha
  • rouquidão
  • tosse seca
  • sensação de nó na garganta

Quando não tratado, o refluxo gastroesofágico pode se tornar crônico e causar complicações, como úlceras ou erosões do esôfago.

Quando é importante consultar um médico?

Quando a dor e os sintomas são persistentes, é importante entrar em contato com o seu médico que também poderá avaliar a necessidade de uma gastroscopia para excluir a presença de hérnia de hiato associada ao refluxo.

A gastroscopia é um exame de visualização endoscópica, realizado durante o exame de endoscopia digestiva alta. É útil para compreender o estado de saúde do esôfago, estômago e duodeno.

Refluxo gastroesofágico: a nutrição também pode ajudar

Para o refluxo gastroesofágico pode ser útil a chamada “dieta do semáforo”, que indica com verde os alimentos a serem consumidos à vontade, com laranja os que devem ser reduzidos e com vermelho os que devem ser evitados até que o problema seja resolvido.

  • Alimentos luz verde, para consumir à vontade: vegetais, cozidos e crus (exceto tomates que só podem ser consumidos cozidos), alimentos integrais e carnes brancas (exceto cordeiro);
  • Alimentos luz amarela, que precisam ser limitados sem eliminá-los completamente: laticínios, com preferência por magros, frescos e ovos;
  • Alimentos da luz vermelha, para evitar: são os particularmente ácidos, como café, vinagre e frutas cítricas, frituras, especiarias, gorduras animais e carnes vermelhas, bebidas com gás e álcool.

Também é útil evitar grandes refeições, sendo sempre recomendável comer várias vezes ao dia pequenas porções. Também é importante evitar deitar-se ou ficar em posições que envolvam flexão do tronco para frente ao final das refeições.