São Paulo registra a maior queda de infecções por HIV no último ano
Apesar da queda nos registros gerais na capital paulista, o número de casos aumentou entre a população idosa
A cidade de São Paulo apresentou uma queda recorde de 18% nos casos de infecções por HIV no último ano. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde e foram publicados pelo jornal O Estado de S. Paulo. Por outro lado, houve um aumento de 15% nos registros de HIV entre a população com mais de 60 anos, de acordo com o balanço.
Os números gerais mostram que, entre 2017 e 2018, foram registrados 3.145 novos casos de HIV na capital paulista. O índice de detecção, que indica o número de infectados a cada 100 mil habitantes, caiu de 32,7 para 26,8.
Entre os idosos, o número de infectados foi de 92 em 2017 para 106 em 2018. O comportamento sexual mais ativo na terceira idade e a falta de políticas públicas de prevenção para essa faixa etária podem explicar esse aumento.
Já a queda das infecções no geral é atribuída à implantação da profilaxia pré-exposição (PrEP), uma estratégia de prevenção ao HIV que está sendo disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Esse método envolve a utilização de medicamento antirretroviral por pessoas não infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de relações sexuais.
O medicamento é mais comumente prescrito para populações em situação de maior vulnerabilidade e que tenham práticas de maior risco para infecção pelo HIV, como profissionais do sexo, jovens homossexuais, travestis e transexuais. A pílula, que deve ser tomada sempre antes da relação sexual, age no corpo bloqueando o ciclo da multiplicação do vírus, impedindo a infecção do organismo.
Prevenção
A PrEP não substitui o uso da camisinha, pois as profilaxias apenas previnem o HIV e não as demais DST, como Sífilis, Gonorreia e HPV. Além do uso de camisinha em todas as relações sexuais, é importante também não compartilhar agulhas e seringas ou reutilizar objetos perfurocortantes no geral.
No caso de violência sexual, o recomendável é comunicar às autoridades o quanto antes e ir a um hospital, de preferência especializado, para a administração de remédios de profilaxia de urgência. Nesse caso, é administrado outra estratégia, a PEP, Profilaxia Pós-exposição.
As chances de não se desenvolver essas doenças quando a profilaxia é feita poucas horas após o ato sexual é muito maior.
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