São Paulo registra a maior queda de infecções por HIV no último ano

Apesar da queda nos registros gerais na capital paulista, o número de casos aumentou entre a população idosa

28/11/2019 10:51

A cidade de São Paulo apresentou uma queda recorde de 18% nos casos de infecções por HIV no último ano. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde e foram publicados pelo jornal O Estado de S. Paulo. Por outro lado, houve um aumento de 15% nos registros de HIV entre a população com mais de 60 anos, de acordo com o balanço.

Os números gerais mostram que, entre 2017 e 2018, foram registrados 3.145 novos casos de HIV na capital paulista. O índice de detecção, que indica o número de infectados a cada 100 mil habitantes, caiu de 32,7 para 26,8.

Entre os idosos, o número de infectados foi de 92 em 2017 para 106 em 2018. O comportamento sexual mais ativo na terceira idade e a falta de políticas públicas de prevenção para essa faixa etária podem explicar esse aumento.

Cidade de São Paulo registrou  3.145 novos casos de HIV em um ano
Cidade de São Paulo registrou  3.145 novos casos de HIV em um ano - atakan/istock

Já a queda das infecções no geral é atribuída à implantação da profilaxia pré-exposição (PrEP), uma estratégia de prevenção ao HIV que está sendo disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Esse método envolve a utilização de medicamento antirretroviral por pessoas não infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de relações sexuais.

O medicamento é mais comumente prescrito para populações em situação de maior vulnerabilidade e que tenham práticas de maior risco para infecção pelo HIV, como profissionais do sexo, jovens homossexuais, travestis e transexuais.  A pílula, que deve ser tomada sempre antes da relação sexual, age no corpo bloqueando o ciclo da multiplicação do vírus, impedindo a infecção do organismo.

Prevenção

PReP é uma estratégia de prevenção ao HIV disponível no SUS 
PReP é uma estratégia de prevenção ao HIV disponível no SUS  - nito100/istock

A PrEP não substitui o uso da camisinha, pois as profilaxias apenas previnem o HIV e não as demais DST, como Sífilis, Gonorreia e HPV. Além do uso de camisinha em todas as relações sexuais, é importante também não compartilhar agulhas e seringas ou reutilizar objetos perfurocortantes no geral.

No caso de violência sexual, o recomendável é comunicar às autoridades o quanto antes e ir a um hospital, de preferência especializado, para a administração de remédios de profilaxia de urgência. Nesse caso, é administrado outra estratégia, a PEP, Profilaxia Pós-exposição.

As chances de não se desenvolver essas doenças quando a profilaxia é feita poucas horas após o ato sexual é muito maior.

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