Seis sinais de alerta de uma condição silenciosa que pode aparecer nas pernas

Esse sinais podem significar que você corre maior risco de sofrer ataques cardíacos ou derrames

Por Silvia Melo em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
18/12/2024 05:15

Colesterol alto, também conhecido como hipercolesterolemia, é uma condição silenciosa que – embora possa não causar problemas inicialmente –  com o tempo pode aumentar o risco de uma série de problemas de saúde sérios, incluindo ataques cardíacos e derrames.

O colesterol pode acumular-se nas artérias, levando a bloqueios, impedindo que o sangue passe. É um grande fator de risco para doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte em todo o mundo.

Talvez o mais preocupante seja o fato de que o colesterol alto geralmente é uma condição assintomática, o que significa que muitas vezes pode passar despercebido.

No entanto, existem alguns sinais de alerta que podem salvar vidas se forem detectados precocemente. Isso inclui se você desenvolver uma condição chamada doença arterial periférica (DAP).

Colesterol alto pode manifestar sintomas nas pernas
Colesterol alto pode manifestar sintomas nas pernas - iStock/Thomas_EyeDesign

A DAP é uma condição comum em que o acúmulo de depósitos de gordura nas artérias “restringe” o suprimento de sangue aos músculos das pernas. É mais comum em pessoas com fatores de risco como tabagismo, diabetes, hipertensão e colesterol alto. Se não tratada, pode levar a complicações graves, como infecções, gangrena e até amputação.

O diagnóstico inclui exames clínicos e de imagem, enquanto o tratamento envolve mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em casos graves, intervenções cirúrgicas.

Sinais de colesterol alto que podem aparecer nas pernas

  • dor nas pernas
  • perda de pelo
  • dormência ou fraqueza
  • úlceras (feridas abertas) nas pernas que não cicatrizam
  • mudança na cor da pele das pernas, como ficar mais pálida do que o normal ou azulada
  • músculos das pernas encolhendo (atrofiando).

Os sintomas da DAP geralmente se desenvolvem lentamente, ao longo do tempo. Se os sintomas se desenvolverem rapidamente ou piorarem repentinamente, pode ser um sinal de um problema sério que requer tratamento imediato.

Destes sinais, a dor intensa ao caminhar é o mais comum. Geralmente desaparece após alguns minutos de descanso.

Ambas as pernas são frequentemente afetadas ao mesmo tempo, embora a dor possa ser pior em uma perna.

Quais as situações que podem aumentar o “colesterol ruim”?

De acordo com o Ministério da Saúde os seguintes fatores podem aumentar o colesterol:

  • História familiar: o aumento do colesterol LDL pode ter origem genética.
  • Comportamento sedentário: a prática regular de atividade física ajuda a reduzir o colesterol LDL.   
  • Alimentação inadequada: Uma alimentação rica em alimentos ultraprocessados que também podem ser fontes de gorduras saturadas, e o baixo consumo de alimentos in  natura ou minimamente processados, são fatores atrelados ao aumento do colesterol.
  • Comorbidades: condições como a obesidade, o diabetes mellitus e a hipertensão arterial sistêmica, quando não controladas, podem levar ao aumento do colesterol.
  • Tabagismo: o hábito de fumar pode resultar em menores níveis de HDL (colesterol bom) e níveis mais elevados de LDL (colesterol ruim). Com isso, aumentam o risco de formação de placas e obstrução das artérias. 

Como baixar o colesterol?

Pra baixar o colesterol, é fundamental adotar uma alimentação equilibrada rica em fibras, presentes em frutas, vegetais, legumes e grãos integrais, e reduzir o consumo de gorduras saturadas e trans, encontradas em alimentos ultraprocessados, frituras e carnes gordurosas. Substituir essas gorduras por gorduras boas, como as do azeite de oliva, abacate e oleaginosas, pode ajudar.

Praticar exercícios físicos regularmente, evitar o tabagismo e reduzir o consumo de álcool também são essenciais. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos prescritos por um médico, como estatinas, para controlar os níveis de colesterol. Consultar um médico para orientação individualizada é importante.