Sexo anal sem tabu: dicas e truques para uma relação cheia de prazer
Já tá mais do que na hora de você saber tintim por tintim sobre sexo anal
Quanto mais vontade dá de fazer sexo anal, mais apreensivo você fica? Fica tranquilo!
Todo mundo tem dúvidas sobre o assunto, mas ao mesmo tempo o medo é grande: “vai doer?”, “como faz?” “o que é chuca?”.
Reunimos aqui algumas dicas e truques para você ter uma relação sexual cheia de prazer e sem preocupação, afinal, sexo anal é para ser prazeroso para ambos os parceiros.
Anatomia
Primeiro, vamos à uma aulinha de anatomia.
O canal do reto tem por volta de 17 cm de comprimento. A parte de fora é o ânus, que é mantido fechado pelo músculo esfíncter externo, que você controla totalmente.
Logo após, vem o músculo esfíncter interno, sobre o qual a gente não tem controle voluntário porque ele controlado pelo sistema nervoso central.
E aí começa a brincadeira: se você estiver relaxado, esse músculo também vai estar, mas se rolar uma tensãozinha… o esfíncter externo e o interno ficam muito contraídos, o que é a principal causa das dores do sexo anal.
Lubrificação
Além da tensão, outro ponto para o sexo anal ser doloroso é a pouca lubrificação do ânus. Por isso, é importante que, além de estar relaxado, sempre ter um bom lubrificante à mão.
E quando falamos de lubrificante bom, são aqueles à base de água, tá bem? Não use “substitutos caseiros” como cremes, óleo de cozinha ou manteiga, nem saliva ou sabonetes. Essas substâncias podem causar problemas para sua saúde.
Higiene
Você com certeza já ouviu falar sobre a chuca, não é? O termo é o nome dado para a limpeza do intestino, com o auxílio de materiais próprios, para que se possa fazer um sexo anal sem possíveis probleminhas.
Fazer a chuca é algo muito pessoal e se feita incorretamente ou com uma frequência muito grande, pode causar problemas. Isso porque a mucosa do reto é composta de células e bactérias (microbiota intestinal) sensíveis responsáveis pela absorção de água, digestão de nutrientes e possuem, ainda, grande papel na imunidade de todo o corpo.
A higiene ideal antes do sexo anal é feita como você faz diariamente ao tomar banho. Lavar a região com sabonete e água, e explorar o começo do reto com os dedos é uma opção segura tanto para sua saúde, quanto para a penetração que vai rolar.
Qual a melhor posição?
Vai do gosto do freguês. Há quem prefira as posições onde tem maior controle da penetração (de lado ou por cima), há quem prefira posições onde o reto fica totalmente livre (de frente para o parceiro ou de quatro).
Mas o importante é lembrar que o que pode causar incômodo é fazer sexo anal de pé, uma vez que, nessa posição o reto fica curvado, o que dificulta a penetração.
Vale experimentar as posições sexuais com seu parceiro e ver o que é melhor e mais prazeroso para vocês dois.
Orgasmo anal
Não é mito! Ele existe! Para os homens cisgêneros, tanto gays quanto os héteros, e mulheres trans, a natureza deu uma mãozinha: com a penetração correta, a próstata é estimulada e provoca orgasmos intensos.
No caso das mulheres cis e homens trans, o orgasmo no sexo anal é mais difícil, mas não impossível. Principalmente se rolar uma estimulação genital ao mesmo tempo.
Praticar contrações musculares da vagina e da região pélvica aumentam a excitação e unem ao efeito da fantasia excitante de estar sendo penetrada.
Doenças e problemas
A região do ânus é bastante apertada e pouco lubrificada e isso é um problema quando falamos de doenças ou problemas no sexo anal. Principalmente se ele for feito sem camisinha – o que a gente sabe que não pode, combinado?
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Infecções Sexualmente Transmissíveis
A mucosa anal absorve facilmente vírus e outros agentes das ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e HIV. Outra porta de contaminação é a possibilidade de pequenos traumas locais, por falta de lubrificação e erros durante a penetração do sexo anal.
Fazer sexo anal sem camisinha pode acarretar em contaminação de chatos, gonorreia, clamídia, hepatite B e C, herpes, HIV, HPV, sífilis e uretroprostatites, tanto para quem penetra quanto para quem está sendo penetrado.
Mulheres cis e homens trans também devem ficar um pouco mais atentos. Nunca alterne entre sexo anal, vaginal ou oral sem trocar a camisinha pois a prática pode levar bactérias para a boca ou para a vagina.
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Hemorroidas
Sexo anal não causa hemorroidas, mas pode causar dor ou sangramentos em pessoas que já sofrem com elas, uma vez que as externas dificultam a penetração anal e, se forçadas, podem se romper.
Quem tem hemorroidas pode, sim, praticar o sexo anal, mas com cuidados. Muita lubrificação, delicadeza e relaxamento.
Em todos os casos, se ocorrer o sangramento, a espera para uma nova relação anal deve ser de no mínimo cinco dias a fim de que haja tempo para uma perfeita cicatrização.
Sexo anal sem preocupação
Tá bem relaxado e lubrificado? Lavou tudo direitinho? Camisinha está em mãos? Depois desses pontos principais, a brincadeira pode começar! Mas lembre-se: cu não é escorrega! A penetração do sexo anal deve ser lenta, progressiva, não violenta e com muita atenção do parceiro que está penetrando – seja com brinquedinhos sexuais ou com o pênis.
Se ainda assim você sentir desconfortável, reveja se é o momento certo para a prática. Também há a possibilidade de se usar gel dessensibilizante, vendido em sex shops. Esses produtos diminuem a sensibilidade dolorosa do ânus, mas mantem o prazer e as sensações.
Vale lembrar também que não é não. Mesmo se estiverem no meio do sexo, um dos parceiros sentir a necessidade de parar, pare.