Sinais de alerta de doença difícil de detectar que ataca à noite e aumenta risco de AVC

Para alguns acordar cansado apesar de ter ido dormir cedo pode haver uma razão séria por trás. Pode indicar apneia do sono, uma doença que faz com que a pessoa pare de respirar por alguns segundos, várias vezes ao longo do sono.

Muitas vezes, a condição passa despercebida, pois ocorre enquanto a pessoa dorme, dificultando seu diagnóstico.

O tipo mais comum é a apneia obstrutiva do sono (AOS). Esta é uma condição relativamente comum em que as paredes da garganta relaxam e estreitam ou fecham durante o sono, interrompendo a respiração normal, o que pode significar sono interrompido regularmente.

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É essencial o tratamento, pois a doença pode levar a problemas mais sérios. Isso inclui pressão alta, risco aumentado de AVC (acidente vascular cerebral), diabetes e depressão.

Como a apneia pode contribuir para AVC?

A apneia do sono aumenta o risco de AVC devido ao impacto direto que as pausas respiratórias têm sobre o sistema cardiovascular e o fluxo sanguíneo cerebral. Durante os episódios de apneia, a respiração é interrompida, o que reduz os níveis de oxigênio no sangue (hipóxia).

Isso causa um estresse significativo no coração e nos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial.

Esses episódios frequentes de hipóxia e o aumento da pressão sanguínea podem levar à formação de placas nas artérias (aterosclerose) e favorecer a ocorrência de arritmias, que são fatores de risco para o AVC.

Além disso, o esforço que o corpo faz para retomar a respiração após cada interrupção durante a apneia provoca uma liberação de hormônios do estresse, como a adrenalina, o que contribui ainda mais para o aumento da pressão arterial e sobrecarga do coração.

Com o tempo, essas alterações cardiovasculares e respiratórias deixam o sistema vascular mais vulnerável, aumentando significativamente o risco de acidente vascular cerebral.

Quais os sinais da apneia do sono?

Entre os sinais de alerta estão ronco alto, sensação de sufocamento ou falta de ar durante o sono, sono agitado e pausas respiratórias. Mas isso só pode ser observado por outra pessoa, já que quem sofre da condição está adormecido.

Uma das maneiras mais fáceis de saber se você pode ser afetado é procurar pelos sinais diurnos. De acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono, estes podem incluir:

• Alterações de humor, sendo o aumento da irritabilidade o mais comum.
• Acordar com dor de cabeça.
• Sentir-se mais cansado do que o normal e ter dificuldade para ficar acordado durante o dia.
• Ser incapaz de se concentrar em tarefas diárias ou no trabalho.