Estes são os sintomas do transtorno associado ao uso de celular

De acordo com o IBGE, o Brasil tem 163,8 milhões de pessoas com aparelho de aparelho móvel

Por André Nicolau em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
10/11/2024 15:00

A nomofobia, que vem do termo em inglês “no-mobile-phobia,” traduz o medo intenso de ficar sem o celular – anabgd/iStock
A nomofobia, que vem do termo em inglês “no-mobile-phobia,” traduz o medo intenso de ficar sem o celular – anabgd/iStock

Hoje em dia, a tecnologia é praticamente uma extensão do nosso cotidiano, tornando tarefas simples mais acessíveis e eficientes. No entanto, o uso excessivo de dispositivos tecnológicos pode desencadear a chamada nomofobia, uma dependência digital que afeta o equilíbrio pessoal, social e profissional.

A nomofobia, que vem do termo em inglês “no-mobile-phobia,” traduz o medo intenso de ficar sem o celular, um fenômeno diretamente ligado à transformação digital.

Com a revolução dos últimos anos, a tecnologia passou a ocupar um lugar central na vida das pessoas, e a disponibilidade de smartphones e computadores ao alcance de todos facilita essa proximidade. Ferramentas e plataformas para trabalho e lazer se misturam, diluindo fronteiras e fomentando a dependência.

Sintomas do transtorno causado pelo uso excessivo do celular 

Embora ainda não seja reconhecida oficialmente como um transtorno, a nomofobia já é estudada e compreendida como uma condição multifatorial, influenciada por questões sociais, psicológicas e de saúde. Pesquisas sugerem que impulsividade e baixa autoestima podem aumentar a vulnerabilidade à dependência do aparelho móvel, causando ansiedade e repercutindo negativamente no bem-estar físico e mental.

Os sintomas dessa dependência digital são variados e incluem sensações fantasmas de notificação, palpitações, suor ao imaginar que perdeu o celular, e um estresse profundo ao ficar sem conexão. A dificuldade de dormir, a queda no desempenho no trabalho ou na escola e o esforço constante para diminuir o tempo de uso, sem sucesso, também são indicativos de nomofobia.

Para enfrentar a nomofobia, é possível adotar várias abordagens:

Redução de danos: Estabeleça metas para reduzir, pouco a pouco, o tempo de uso do celular.
Técnicas de autorregulação: Monitore seu uso e identifique momentos de impulso. Aprender a estabelecer limites conscientes pode ajudar a reduzir a dependência.
Acompanhamento profissional: Psicólogos e terapeutas podem orientar em tratamentos mais específicos.
Controle parental: Para os jovens, o suporte dos responsáveis no controle do uso é fundamental para ajudar a criar limites saudáveis.

Enquanto a tecnologia facilita e acelera a comunicação e o acesso à informação, é crucial refletir sobre nossos limites. Ao buscar equilíbrio, é possível cultivar uma relação saudável com os dispositivos digitais, preservando a autonomia e o bem-estar em um mundo cada vez mais conectado.