Situações no trabalho que aumentam risco de demência
Adotar certos hábitos, no entanto, pode ajudar a manter o cérebro ativo e reduzir o risco da doença no futuro
Um especialista em demência revelou como determinadas situações de trabalho podem ajudar a aumentar ou reduzir o risco de desenvolver a doença mais tarde na vida.
Kevin Jameson, presidente e CEO da Dementia Society of America, alertou que, embora a genética seja importante, fatores de estilo de vida são responsáveis por pelo menos 90% dos sintomas.
Jameson explicou que empregos com alto estresse físico podem levar a taxas mais altas de demência em trabalhadores mais velhos.
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No entanto, segundo ele, trabalhos que exigem muito esforço mental, como aqueles que envolvem muita leitura e escrita, podem reduzir o risco de demência.
Em entrevista ao The Mirror, o especialista frisou que ler é “uma coisa fantástica para o cérebro“.
“Pegar um jornal, ler o jornal – ou mesmo fazê-lo online ou eletronicamente – mas alimentar-se com notícias novas e valiosas e, esperançosamente, positivas pode fazer maravilhas para a saúde do seu cérebro”, disse.
Ele também mencionou que empregos que envolvem a leitura de notícias, como jornalismo, política, finanças e conselhos escolares, podem ser benéficos para o cérebro.
Jameson alertou, no entanto, que ler ou relatar notícias negativas pode ter efeitos prejudiciais ao cérebro.
Importância da sociabilidade
O especialista também sugere que ser social no trabalho pode ajudar manter o cérebro ativo e reduzir o risco de demência.
Ele explicou que conversar com grupos de pessoas ajuda o cérebro porque quando você está conversando com alguém, você não só precisa ouvir o que eles estão dizendo, mas também precisa formular uma resposta. E isso deixa o cérebro sempre ativo.
Jameson acrescentou que ser curioso e querer aprender coisas novas também faz bem.
Essas características, além de ser social e ler notícias, não precisam necessariamente fazer parte de um trabalho – elas podem se tornar hábitos diários ou semanais.
Embora todas essas medidas não garantam proteção 100% contra a demência, o especialista defende que as mudanças no estilo de vida podem retardar significativamente os efeitos.
Ele recomenda parar de fumar, reduzir o consumo excessivo de álcool, controlar ou tratar a hipertensão, o diabetes e o estresse e, acima de tudo, ser social e estimular o cérebro.