Sua dieta pode aumentar o risco de infecções urinárias recorrentes

Num estudo publicado em janeiro deste ano, na JAMA Network Open, um grupo de investigadores avaliou a influência de fatores de risco comportamentais, como dieta, peso corporal e estilo de vida, na prevalência de infecções urinárias.

Infecções do trato urinário (ITUs) não tratadas podem causar complicações graves, como pielonefrite, insuficiência renal e riscos durante a gravidez. As recorrências são comuns e são influenciadas por vários fatores de estilo de vida e saúde.

Os fatores de risco comumente causados ​​por bactérias como Escherichia coli incluem idade, comportamento sexual, anatomia feminina, imunossupressão e métodos contraceptivos. 

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A dieta e o estilo de vida desempenham papéis importantes na prevenção, sendo a nutrição adequada, a hidratação e os hábitos saudáveis ​​essenciais para reduzir os riscos de recorrência e melhorar a resistência imunitária.

Mais sobre o estudo

O estudo adotou um desenho observacional transversal e utilizou um questionário de 39 itens para explorar a frequência de infecções urinárias em relação a fatores de risco comportamentais. A literatura, as opiniões de especialistas e as características da população-alvo orientaram o desenvolvimento do questionário.

Distribuído online entre julho e agosto de 2023 através das redes sociais, WhatsApp e e-mails institucionais, o inquérito teve como alvo funcionários e estudantes de três centros universitários romenos.

Apenas indivíduos com mais de 18 anos residentes na Romênia participaram do estudo, que recebeu aprovação ética da Universidade de Medicina e Farmácia de Craiova.

No estudo, os pesquisadores reuniram 1.103 respostas válidas predominantemente de mulheres, que representaram 80,1% dos participantes.

Resultados do estudo 

A análise dos dados revelou que 46,6% dos entrevistados tinham peso normal, predominantemente mulheres, enquanto uma proporção significativa de entrevistados do sexo masculino estava com sobrepeso ou obesidade.

O estudo constatou que as infecções urinárias eram mais comuns entre as mulheres. A maioria dos entrevistados, 76,2%, tinha menos de 45 anos e a maioria vinha de áreas urbanas, provavelmente devido à maior atividade online nessas regiões.

Mais de 80% dos participantes tinham ensino superior ou superior. Em termos de emprego, o maior grupo compreendia aqueles que se deslocavam para o trabalho ou trabalhavam de forma híbrida, enquanto uma pequena fração trabalhava remotamente.

O estudo descobriu que indivíduos com idades entre 26 e 35 anos eram mais propensos a infecções urinárias, enquanto aqueles entre 18 e 25 anos relataram menos.

Revelou uma ligação entre a frequência da infecção e fatores como o contato sexual e mostrou que dietas mais saudáveis, especialmente entre mulheres com mais de 45 anos, estavam correlacionadas com taxas de infecção mais baixas.

Análises posteriores mostraram que idade, escolaridade, peso e frequência de infecção urinária influenciaram significativamente as escolhas alimentares.

Indivíduos mais jovens, residentes rurais e aqueles com níveis de escolaridade mais baixos eram mais propensos a aderir a uma dieta pouco saudável.

Além disso, indivíduos com baixo peso e com infecções urinárias frequentes também tenderam a hábitos alimentares menos saudáveis.

Sexo e idade também foram fatores significativos na frequência de ITUs. As mulheres, especialmente na faixa etária de 26 a 35 anos, relataram infecções mais frequentes.

Em termos de tratamento, muitos entrevistados procuraram primeiro remédios vendidos sem receita médica, com alguns recorrendo à consulta médica somente após a falha da automedicação. Antibióticos e antifúngicos eram tratamentos comuns, com antibiogramas usados ​​frequentemente por pessoas com infecções recorrentes.

Sintomas comuns da infecção urinária

O estudo também observou que os sintomas comuns de infecções urinárias incluíam micção frequente, sensações de queimação e dor. Tratamentos naturais, como produtos à base de cranberry e chás de ervas, foram populares entre os entrevistados.

O sedentarismo esteve associado a infecções mais frequentes, destacando o papel da atividade física na prevenção de infecções urinárias.