Suplementação de zinco pode ajudar na recuperação de covid-19
Estudo demonstra que mineral tem efeito protetor contra a covid-19, limitando a proliferação do coronavírus nas células
Um estudo realizado por médicos e pesquisadores do Hospital del Mar, do Hospital del Mar Medical Research Institute e da Universidade Pompeu Fabra, mostrou que os pacientes infectados pelo coronavírus com níveis mais baixos de zinco no sangue sofrem uma mortalidade mais elevada e um tempo de recuperação mais longo.
A mortalidade neste grupo de pacientes foi de 21%, em comparação com 5% daqueles com níveis mais elevados de zinco no sangue. O estudo foi feito com 249 pacientes com idade média de 65 anos e publicado na revista científica Nutrients.
O grupo de pesquisadores também realizou testes in vitro em que se demonstrou o efeito protetor deste elemento na limitação da proliferação do coronavírus em células humanas. Por isso, os pesquisadores acreditam que suplementar esses pacientes poderia reduzir a mortalidade e acelerar a recuperação dos mesmos.
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De acordo com o infectologista Roberto Güerri, um dos principais autores do estudo, eles observaram que ter zinco baixo [abaixo de 50 microgramas por decilitro de sangue] acarretava em sintomas mais graves e mais inflamação no corpo, que exigia mais tempo de recuperação.
Já em relação à mortalidade, os níveis de zinco foram significativamente maiores em pacientes que sobreviveram à doença.
“O zinco é um elemento essencial para a manutenção de uma grande variedade de processos biológicos, e a alteração de seus níveis acarreta um aumento da suscetibilidade a infecções e aumento da resposta inflamatória”, explica o médico.
Os pesquisadores agora propõem iniciar ensaios clínicos sobre a suplementação com zinco de pacientes com níveis baixos e a implementação de programas de suplementação com este elemento em pacientes para reduzir o impacto da pandemia.