Estudo descobre quanto tempo coronavírus vive no ar após ser expirado
Poder infeccioso do vírus se perde em pouco minutos, segundo os pesquisadores; veja os detalhes
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, apontou que o coronavírus tem um tempo de vida curto no ar. Segundo a pesquisa, 90% das partículas virais perdem o poder de infecção 20 minutos depois de serem expiradas.
Ainda segundo os autores do estudo, nos primeiros cinco minutos ocorre a maior perda do poder infeccioso do vírus. O artigo com a descoberta foi publicado na plataforma medRxiv em 10 de janeiro.
De acordo com os pesquisadores, isso só reforça a necessidade do distanciamento social, utilização de máscara e priorizar ambientes com ventilação.
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“As pessoas estão focadas em espaços mal ventilados e pensando na transmissão aérea por metros ou em uma sala. Não estou dizendo que isso não aconteça, mas acho que o maior risco de exposição é quando você está perto de alguém”, disse Jonathan Reid, diretor do Aerosol Research Center da Universidade de Bristol e principal autor do estudo.
Estudo mais preciso
Até então, as suposições que existiam sobre o tempo que o vírus sobrevive em minúsculas gotículas no ar eram baseadas em estudos que envolveram a pulverização de vírus em recipientes fechados, que giram para manter as gotículas no ar.
Os dados mostravam que o vírus podia sobreviver até três horas. No entanto, tais experimentos não reproduzem com precisão o que acontece quando tossimos ou respiramos.
Já o estudo da Universidade de Bristol usou aparelhos desenvolvidos especificamente para simular uma situação real.
Os pesquisadores conseguiram fazer com que as partículas minúsculas contendo vírus levitassem suavemente entre dois anéis elétricos por entre cinco segundos a 20 minutos, enquanto controlavam firmemente a temperatura, a umidade e os raios UV.
A conclusão do estudo é que, à medida em que as partículas virais deixam as condições relativamente úmidas e ricas em dióxido de carbono dos pulmões, elas rapidamente perdem água e secam.
Isso interrompe a capacidade do vírus de infectar células humanas, mas a velocidade com que as partículas secam varia de acordo com a umidade relativa do ar.