Tratamento com composto molecular consegue reverter sintomas de Alzheimer
De acordo com um estudo pré-clínico, um composto molecular retarda a formação proteínas tóxicas para os neurônios
Uma molécula que retarda a formação de certas proteínas reverteu os sinais da Alzheimer, incluindo comprometimento da memória, em um modelo de rato. A descoberta deste tratamento é de um estudo de pesquisadores da Universidade da Pensilvânia.
No estudo, publicado na Aging Biology, os pesquisadores examinaram os efeitos de um composto chamado 4-fenilbutirato (PBA), uma molécula de ácido graxo conhecida por funcionar como um “acompanhante químico” que inibe o acúmulo de proteínas.
Em ratos com a doença de Alzheimer, as injeções de PBA ajudaram a restaurar os sinais de proteostase normal (o processo de regulação das proteínas) no cérebro. Ao mesmo tempo, melhoraram drasticamente o seu desempenho num teste de memória padrão.
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“Ao melhorar geralmente a saúde neuronal e celular, podemos mitigar ou retardar a progressão da doença”, disse o autor sênior do estudo, Nirinjini Naidoo, professor associado de pesquisa em medicina do sono.
“Além disso, a redução da proteotoxicidade – dano irreparável à célula causado por um acúmulo de proteínas– pode ajudar a melhorar algumas funções cerebrais anteriormente perdidas.”
A equipe descobriu que era possível alcançar efeitos semelhantes, incluindo a reversão dos déficits de memória, mesmo a partir da meia-idade.
Tanto o tratamento no início da vida como na meia-idade mostraram sinais de inibição do processo que forma os agregados proteicos mais proeminentes na doença de Alzheimer, conhecidos como placas beta amilóides.
Sinais da doença de Alzheimer
- Perda de memória
- Problemas para completar tarefas que antes eram fáceis
- Dificuldades para a resolução de problemas
- Mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares
- Problemas com a comunicação, tanto escrita como falada
- Confusão sobre locais, pessoas e eventos
- Alterações visuais, como problemas para entender imagens
Quais os fatores de risco para a doença de Alzheimer?
O envelhecimento é um importante fator de risco para a doença de Alzheimer, pois causa alterações no cérebro. Após os 65 anos, o número de pessoas com doença de Alzheimer duplica a cada cinco anos, de acordo com a OMS.
Algumas das alterações relacionadas à idade que podem ocorrer no cérebro incluem atrofia, inflamação, danos vasculares e aumento da produção de moléculas instáveis conhecidas como radicais livres.
Essas alterações afetam os neurônios do cérebro e contribuem para a progressão da doença de Alzheimer.
Outras condições de saúde, traumatismos cranianos e genética também podem aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.
O risco de desenvolver a doença de Alzheimer é maior se os seus pais ou irmãos a tiverem; no entanto, ter um histórico familiar da doença não garante que você também a terá.
Se várias pessoas da sua família tiveram Alzheimer, especialmente em idades mais jovens, você deve considerar aconselhamento genético para avaliar suas chances de desenvolvê-lo.
Outros fatores de estilo de vida que aumentam o riso de Alzheimer incluem: consumo excessivo de álcool, níveis de educação mais baixos, maus hábitos de sono, fumar ou exposição ao fumo passivo.