Trombofilia adquirida: entenda o diagnóstico de Mariana Rios
A descoberta da doença veio quando a atriz estava no processo de tentativa de engravidar
A atriz e cantora Mariana Rios compartilhou em suas redes sociais recentemente que foi diagnosticada com trombofilia adquirida durante sua jornada para engravidar. A doença, que pode surgir ao longo da vida, mesmo na ausência de predisposição genética, aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos, podendo afetar a fertilidade e a saúde gestacional.
A condição aumenta o risco de abortos espontâneos, pré-eclâmpsia e restrição de crescimento fetal. Mulheres com histórico de perdas gestacionais repetidas ou complicações obstétricas devem ser avaliadas para possíveis trombofilias.
O que é trombofilia adquirida?
Trombofilia é uma predisposição para formar coágulos sanguíneos de forma anormal, elevando o risco de trombose venosa profunda, embolia pulmonar e outras complicações vasculares. Quando essa tendência é desenvolvida ao longo da vida, sem origem genética, é denominada trombofilia adquirida.
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Causas da trombofilia adquirida
- Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide (SAF): doença autoimune em que o sistema imunológico ataca proteínas normais do sangue, aumentando a coagulação.
- Câncer: alguns tipos de câncer podem aumentar a produção de substâncias pró-coagulantes.
- Uso de terapias hormonais: pílulas anticoncepcionais ou terapias de reposição hormonal podem elevar o risco de coagulação.
- Gravidez: o estado gestacional naturalmente aumenta a coagulação sanguínea.
- Cirurgias e traumas: procedimentos cirúrgicos e lesões extensas podem desencadear processos de coagulação.

Como prevenir trombose venosa?
- Evitar sobrepeso
- Praticar atividade física regularmente
- Ter cuidado com o uso de hormônios
- Usar meias elásticas em viagens longas
- Tomar anticoagulantes após cirurgias e internações, quando indicado
Sintomas e diagnóstico
Muitas pessoas com trombofilia não apresentam sintomas até que ocorra um evento trombótico. Os sinais podem incluir inchaço, dor e vermelhidão nos membros afetados. O diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue específicos que avaliam a função de coagulação e identificam possíveis anticorpos ou deficiências de proteínas anticoagulantes.
Tratamento para trombofilia adquirida
A trombofilia adquirida não tem cura definitiva, mas pode ser controlada com tratamento adequado. O objetivo principal é prevenir a formação de novos coágulos sanguíneos, que podem causar complicações graves, como trombose venosa profunda ou embolia pulmonar.
O tratamento geralmente envolve o uso de medicamentos anticoagulantes, como a heparina ou a varfarina, que ajudam a reduzir a capacidade de coagulação do sangue. Em alguns casos, especialmente em pacientes com histórico de eventos trombóticos ou em situações de maior risco — como cirurgias, longas viagens ou gravidez — o médico pode recomendar o uso preventivo desses medicamentos por tempo determinado ou até de forma contínua.
Além dos anticoagulantes, o acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e ajustar a dosagem conforme necessário.
Mudanças no estilo de vida também desempenham um papel importante na prevenção: manter uma alimentação saudável, evitar o sedentarismo, não fumar e manter o peso adequado são medidas que ajudam a reduzir o risco de trombose.
No caso de mulheres que desejam engravidar ou já estão grávidas, o controle da trombofilia adquirida exige atenção especial, com uso de medicamentos seguros durante a gestação e acompanhamento multidisciplinar. Mesmo sem cura, é possível conviver com a trombofilia de forma saudável com os cuidados adequados.