Vacina contra o câncer é esperada para o fim deste ano
Imunizante será utilizado no tratamento de pacientes com melanoma de alto risco, a forma mais mortal de câncer de pele
A vacina contra o câncer mRNA-4157/V940 está mais próxima de virar uma realidade. A fabricante Moderna, a mesma que desenvolveu um dos imunizantes da covid-19, e a Merck, MSD no Brasil, estão aguardando os resultados de fase 2 dos testes clínicos ainda este ano.
Caso os resultados sejam positivos, serão iniciados os testes finais de fase 3 para então a vacina ser submetida à aprovação das agências reguladoras.
A vacina está sendo estudada no tratamento de pacientes com melanoma de alto risco, a forma mais mortal de câncer de pele. E os testes de fase 2 envolveram 157 pacientes com essa forma da doença.
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Como ela funciona?
A vacina é baseada na tecnologia de RNA mensageiro, a mesma utilizada nas vacinas da Pfizer e da Moderna contra o coronavírus, que se mostrou altamente eficaz em despertar a proteção do organismo.
De acordo com as empresas, as vacinas personalizadas contra o câncer são projetadas para preparar o sistema imunológico para que um paciente possa gerar uma resposta antitumoral personalizada contra a mutação tumoral específica do paciente.
Para aumentar essa ação, a dose está sendo administrada juntamente com um anticorpo monoclonal da MSD, chamado Keytruda, considerado tratamento padrão para o melanoma. Esse medicamento também ativa o sistema imune para reconhecer as células cancerígenas e atacá-las.
“Com os dados esperados para este trimestre sobre a PCV (sigla em inglês para vacina personalizada para câncer), continuamos entusiasmados com o futuro e o impacto que o RNAm pode ter como um novo paradigma de terapia no tratamento do câncer. Continuar nossa aliança estratégica com a Merck (MSD no Brasil) é um marco importante, pois continuamos a aumentar nossa plataforma de RNAm com programas clínicos promissores em várias áreas terapêuticas”, disse o presidente da Moderna, Stephen Hoge, em um comunicado.