Variante Delta Plus: entenda o que é e por que ela preocupa
Reino Unido tem considerado a volta das medidas sanitárias, como o uso da máscara, para conter novos casos
A sublinhagem da variante Delta, a Delta Plus (AY.4.2), está sendo apontada como a responsável pelos novos surtos de covid-19 na Europa.
No Reino Unido, ela já representa cerca de 6% dos casos sequenciados geneticamente, o que tem causado preocupação e debates sobre a volta da obrigatoriedade do uso de máscaras na região.
Casos de infecções dessa variante já foram identificados em pelo menos 44 países, de acordo com dados do portal outbreak.info. Rússia, Israel, Índia, Dinamarca e Estados Unidos estão entre eles.
- Mudança na vacina contra a poliomielite chama atenção; entenda
- Os sintomas da XEC, nova variante da covid-19; como prevenir?
- Coceira constante nas partes íntimas pode indicar um câncer raro
- Nova variante da covid: saiba quais os sintomas podem aparecer até 4 dias após a infecção
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, informou que a AY.4.2 ainda é “muito rara” no país. Até o momento, foram menos de 10 casos identificados entre os norte-americanos.
Ainda não há evidências de que essa sublinhagem provoque quadros mais graves de covid, nem que seja mais perigosa que a Delta. Os detalhes sobre essa cepa, no entanto, ainda estão em investigação.
O que é a Delta Plus?
Os vírus estão sempre em mutação, gerando pequenas variações que os tornam mais eficazes na disseminação da infecção.
Esta variante, em particular, é um sublinhagem da variante Delta e tem duas mutações na proteína spike, parte do vírus que ajuda na invasão as células do corpo.
As vacinas protegem?
Apesar de ser observada de perto pelo governo britânico, a AY.4.2 ainda não é considerada uma ‘variante de preocupação’, a categoria de risco mais alto, e os especialistas estão confiantes de que as vacinas sejam eficazes na proteção contra ela.
Alguns cientistas acreditam que não há nenhum sinal de que a Delta Plus vai causar tanto estrago quanto a Delta. “É mais provável que seja um aumento lento e gradativo em casos”, disse o virologista Jeremy Luban, da Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts, em entrevista ao National Public Radio.
Por outro lado, os casos rastreados até o momento acendem um alerta para a transmissão e a necessidade de maiores coberturas vacinais.