Breve relato de uma viagem gastronômica pelo Uruguai
Cátia Noronha, do blog Todas as Mães em Viagem, fez um relato sobre o que comer de melhor no Uruguai
Se você é do tipo de pessoa que gosta de conhecer a culinária local quando viaja para um destino, vai gostar desse relato gastronômico do Uruguai! Afinal de contas, experimentar a comida típica é uma das melhores formas de se agregar à cultura regional.
E é impossível falar de Uruguai sem pensar em churrasco. Em todos os restaurantes que fomos, comemos a parrilla uruguaia, que é o churrasco típico do país e famoso no mundo inteiro! Foi a melhor carne que já comi na vida, sem brincadeira!
Eles têm um método diferente de assar e só de ver as carnes na brasa já é uma atração. Motivo de orgulho, as churrasqueiras geralmente ocupam lugar de destaque dentro dos restaurantes. As grelhas são inclinadas, formando uma verdadeira vitrine de carnes. Diferente do nosso churrasco, lá não se usa carvão e, sim, a lenha. Enquanto a carne assa, ela é defumada aos poucos.
Quanto ao corte, existe uma grande variedade nos cardápios e vai do gosto de cada um. Um dos mais comuns é o asado de tira, que é a costela. Eu pedia o vacio, que é a fraldinha. Mas outros pratos pedidos são ancho, picanha, morcilla, chorizo (linguiça), além de miúdos (que eu particularmente não gosto) como chinchulin (intestino) e molleja (glândula do pescoço).
Para acompanhar, gostamos de pedir legumes grelhados! As carnes são (bem) grandes, então nem precisávamos pedir menu kids: pedíamos uma carne para cada adulto + acompanhamento (legumes ou batata frita) e então dividíamos com as crianças.
Outro prato típico do Uruguai é o Chivito, um sanduíche de filé mignon (lomo) com vários acompanhamentos (no nosso vinha panceta, presunto, queijo, tomate, azeitonas). É um prato que você pode encontrar tanto na lanchonete mais simples até naquele bar mais gourmet. Substitui uma refeição tranquilamente e é delicioso!
Para beber, a cerveja uruguaia Patricia! Outra cerveja comum do Uruguai é a Pilsen. Vinho, pra mim, virou quase que água nesta viagem (rs). A uva mais produzida nos vinhedos do Uruguai é a tannat (que na verdade é uma uva francesa).
Além de termos feito uma visita à Bodega Bouza (leia no post sobre Montevidéu), também passamos nos supermercados (tanto em Montevidéu quanto em Punta del Este) para comprar algumas garrafas de vinho e tomar no hotel. Aliás, foi no supermercado que compramos o vinho da vinícola Garzon, eleita em 2018 a melhor vinícola do Novo Mundo. Pagamos entre 170 a 200 pesos uruguaios nos vinhos que consumimos (o que dá cerca de R$ 20). Aqui no Brasil, esses mesmos vinhos são vendidos em lojas especializadas por mais de R$ 80.
Como aperitivo, vale muito experimentar o Medio y Medio, uma bebida tradicional do Mercado del Puerto que mistura vinho branco e espumante. Serve gelada e é super refrescante. Para quem quiser trazer para o Brasil, a garrafa de Medio y Medio vende em qualquer supermercado de lá e custa entre 90 e 135 pesos uruguaios.
Para fazer o arremate final, uma sobremesa feita com outra iguaria uruguaia: o dulce de leche, um dos melhores do mundo (comemos panqueca de doce de leite). O doce de leite é servido tanto no café da manhã dos hotéis quanto na sobremesa dos restaurantes. Coma sem dó!
Nos supermercados, é bem fácil de achar tanto em embalagens de vidro quanto de plástico. As marcas Conaprole, Lapataia e Los Nietitos são bem conhecidas e você pode trazer na mala (uma ótima lembrança de viagem).
Uma última dica: usamos cartão de crédito em todos os restaurantes, pois no Uruguai existe uma política de incentivo ao turismo e o governo faz a devolução de um imposto, o IVA (que é tipo o nosso ICMS), quando a conta é paga com cartão de crédito. Esse desconto é de 22% e dá uma grande diferença na conta!
Sem dúvida, toda vez que me lembrar dessa viagem para o Uruguai, sentirei, além de uma saudade no peito, um apetite voraz (rs).
Em parceria com Mães em Viagem
Eu sou a Cátia Noronha, jornalista e mãe. Aprendi que viajar com crianças pode ser ainda melhor quando dispomos de mais informação e planejamento. Eu acredito que viajar em família estreita ligações e reforça nossos vínculos afetivos!