Limbos: MIS exibe segunda mostra da série Nova Fotografia 2019
- Até de de
- Terça – Quarta – Quinta – Sexta – Sábado – Domingo
– 10h às 22h – terça a sábado;
9h às 20h – domingos e feriados - Preço: Gratis
- Local: MIS – Museu da Imagem e do Som
- Avenida Europa, 158 – Jardim Europa, São Paulo – SP, Brasil
- Mais informações:
- Telefone: (21) 2265-9933
Site: http://www.funarte.gov.br/espaco-cultural/teatro-cacilda-becker/
Em maio, o MIS inaugura a segunda mostra do programa Nova Fotografia 2019, que selecionou seis trabalhos inéditos para exposição ao longo do ano. A exposição Limbus, do fotógrafo Gustavo Gusmão, trata das cerca de seis mil pessoas que moram nos cemitérios da capital das Filipinas.
A mostra abre no dia 21 de maio, às 19h, e segue em cartaz até o dia 30 de junho, no Espaço Nicho do Museu. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos.
“Limbo é um substantivo masculino com origem no latim limbus e que significa margem, beira, borda, orla. Com base na origem da palavra, o significado figurado de limbo remete ao estado daquilo que é negligenciado, esquecido”.
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Os cemitérios de Manila (capital das Filipinas) são grandes comunidades a margem da sociedade. Com sua própria estrutura e funcionamento, ele comporta pequenas moradias, mercadinhos, botecos e muitos barracos, em situação que beira extrema pobreza.
Apelidados de Skeletons, Zombies ou Cemitery People, acredita-se que seis mil pessoas morem em cemitérios na cidade, sendo que aproximadamente duas mil moram no maior deles, o North Manila Cemeter, com seus 54 hectares de espaço.
Durante dois anos Gustavo Gusmão fotografou esse lugar entre a vida e a morte. “Limbus é muito mais que a margem da sociedade, a orla dos esquecidos, o descaso, o abandono sobre uma certa parcela da população durante décadas de existência. Limbus é a destruição dos valores morais de um país, de uma religião, uma luta diária de uma superpopulação sobre o espaço físico dividido entre os vivos e os mortos”, reflete o fotógrafo.
“São gerações de famílias nascidas e criadas em um cemitério, dependendo economicamente até da morte como forma de subsistência. Trata-se de um projeto que visa mostrar ao mundo como sobrevivem essas pessoas, que são praticamente invisíveis para a sociedade”, completa.
Sobre o fotógrafo
Gustavo Gusmão (São Paulo, SP) é fotógrafo, tendo realizado mestrado em cinema documental pela Universidade Autônoma de Barcelona. Busca na fotografia uma maneira de contar a relação entre as pessoas e os lugares que habitam, de forma a documentar realidades distintas e esquecidas ao redor do mundo. Realiza projetos longos com o intuito de registrar e entender a fotografia como forma de aprofundamento sobre a história daquele lugar.