Limbos: MIS exibe segunda mostra da série Nova Fotografia 2019

27/05/2019 17:24 / Atualizado em 28/07/2020 14:43
Até de de
Terça – Quarta – Quinta – Sexta – Sábado – Domingo
– 10h às 22h – terça a sábado;
9h às 20h – domingos e feriados
Preço: Gratis
Local: MIS – Museu da Imagem e do Som
Avenida Europa, 158 – Jardim Europa, São Paulo – SP, Brasil
Mais informações:
Telefone: (21) 2265-9933
Site: http://www.funarte.gov.br/espaco-cultural/teatro-cacilda-becker/

Em maio, o MIS inaugura a segunda mostra do programa Nova Fotografia 2019, que selecionou seis trabalhos inéditos para exposição ao longo do ano. A exposição Limbus, do fotógrafo Gustavo Gusmão, trata das cerca de seis mil pessoas que moram nos cemitérios da capital das Filipinas.

A mostra abre no dia 21 de maio, às 19h, e segue em cartaz até o dia 30 de junho, no Espaço Nicho do Museu. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos.

Exposição do fotógrafo Gustavo Gusmão, composta por 19 fotos, é um projeto fotográfico realizado nas Filipinas
Exposição do fotógrafo Gustavo Gusmão, composta por 19 fotos, é um projeto fotográfico realizado nas Filipinas - Gustavo Gusmão

“Limbo é um substantivo masculino com origem no latim limbus e que significa margem, beira, borda, orla. Com base na origem da palavra, o significado figurado de limbo remete ao estado daquilo que é negligenciado, esquecido”.

Os cemitérios de Manila (capital das Filipinas) são grandes comunidades a margem da sociedade. Com sua própria estrutura e funcionamento, ele comporta pequenas moradias, mercadinhos, botecos e muitos barracos, em situação que beira extrema pobreza.

“Limbus” trata sobre as cerca de seis mil pessoas que moram nos cemitérios da capital Manila
“Limbus” trata sobre as cerca de seis mil pessoas que moram nos cemitérios da capital Manila - Gustavo Gusmã

Apelidados de Skeletons, Zombies ou Cemitery People, acredita-se que seis mil pessoas morem em cemitérios na cidade, sendo que aproximadamente duas mil moram no maior deles, o North Manila Cemeter, com seus 54 hectares de espaço.

Durante dois anos Gustavo Gusmão fotografou esse lugar entre a vida e a morte. “Limbus é muito mais que a margem da sociedade, a orla dos esquecidos, o descaso, o abandono sobre uma certa parcela da população durante décadas de existência. Limbus é a destruição dos valores morais de um país, de uma religião, uma luta diária de uma superpopulação sobre o espaço físico dividido entre os vivos e os mortos”, reflete o fotógrafo.

“São gerações de famílias nascidas e criadas em um cemitério, dependendo economicamente até da morte como forma de subsistência. Trata-se de um projeto que visa mostrar ao mundo como sobrevivem essas pessoas, que são praticamente invisíveis para a sociedade”, completa.

O Nova Fotografia é um projeto anual do MIS que cria espaço permanente para exposição de fotógrafos promissores
O Nova Fotografia é um projeto anual do MIS que cria espaço permanente para exposição de fotógrafos promissores - Gustavo Gusmã

Sobre o fotógrafo

Gustavo Gusmão (São Paulo, SP) é fotógrafo, tendo realizado mestrado em cinema documental pela Universidade Autônoma de Barcelona. Busca na fotografia uma maneira de contar a relação entre as pessoas e os lugares que habitam, de forma a documentar realidades distintas e esquecidas ao redor do mundo. Realiza projetos longos com o intuito de registrar e entender a fotografia como forma de aprofundamento sobre a história daquele lugar.