Abatida, Anitta faz vídeo em que pede mais amor e menos massacre
Família Bolsonaro entra na discussão e apoia Anitta
Visivelmente abatida, Anitta lamenta em vídeo o “massacre” e que se desrespeitada por não querer declarar seu voto nas eleições.
“Hoje eu comecei a ser atacada, xingada e ameaçada porque eu segui uma amiga que expôs publicamente minha intenção de voto. Também estão fazendo o mesmo com minha amigo, que eu conheço há mais de 7 anos, e eu não gostaria de falar com ela por causa da sua posição política. Eu tenho sim o meu candidato, como cidadã eu pesquisei e escolhi, dentro do que acredito, o meu candidato, mas assim como vocês eu tenho direito ao meu voto secreto. Eu não quero dar posição. Não é porque eu sou uma artista e tenho uma vida pública que eu sou obrigada a dizer qual é o meu voto. […] Eu não sou obrigada a fazer política pra ninguém”, comentou a cantora.
Fãs criaram a hashtag #AnittaIsOverParty, que ficou entre os assuntos mais comentados do mundo. Isso significa mais ou menos “Anitta acabou”.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=11&v=v7m6zkfWP4A
O assunto virou um dos temas mais discutidos na sucessão presidencial.E está envolvendo Anitta nas eleições mesmo que ela não queira.
Flávio Bolsonaro, filho do candidato, publicou um vídeo em sua conta no YouTube: “Há uma perseguição covarde a artistas que se posicionam publicamente a favor de Bolsonaro”, disse ele.
Disse ainda: “Há uma pressão aí que ela se posicione contra o Bolsonaro. Não sei qual é a preferência político-partidária dela, mas vocês têm que entender o seguinte, parem de ficar patrulhando a vida dos outros”.
Uma das artistas pop mais famosas do Brasil na atualidade, Anitta também é uma das mais cobradas pelos fãs. Desde sua inserção na indústria fonográfica, não é novidade para ninguém que a maioria absoluta de seus seguidores são LGBTs ou simpatizantes da causa. Agora, seus fãs estão cobrando um posicionamento público de maneira contrária à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) à presidência da República.
Tudo começou dias atrás com um movimento on-line em que cobrava de artistas que faturam milhões com o “pink money” [metáfora para dinheiro gasto por gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros].
Anitta, então, se tornou alvo dessas campanhas e desde então a funkeira vem sendo cobrada para que se manifeste sobre as eleições para presidente.
Nesta quarta-feira, 19, veio à tona o fato de que a cantora passou a seguir a conta de uma outra mulher no Instagram que declara seu voto de maneira pública em Bolsonaro, o que causou revolta nos fãs da artista.
Até então silente sobre o assunto, Anitta se manifestou no stories de sua conta no Instagram e em postagens no Twitter. Segundo contou, o perfil que ela seguiu é de uma amiga do passado, que acabou reencontrado recentemente.
Sobre as cobranças para se posicionar contrária a candidatos com histórico de homofobia, misoginia, racismo, entre outros, como é o caso de Jair Bolsonaro, Anitta pediu para que respeitem seu silêncio.
A carioca alegou está sendo vítima de “cyberbullying”, “xingada” e “ameaçada”. “Sou uma cidadã igual a vocês, trabalho pra caramba e pago meus impostos. Tenho o meu candidato que escolhi dentro do que eu acredito, mas assim como vocês tenho direito de ter meu voto secreto”, declarou.
“Não é porque sou uma artista e tenho uma vida pública que devo revelar meu voto. Não sou obrigada a fazer campanha política pra ninguém. Sou a favor do respeito. Respeito as diferenças. Respeito para ser respeitada e estou me sentindo desrespeitada neste momento por não poder exercer um direito que é meu”, continuou.
“Acho pesado querer forçar que alguém [vote em uma pessoa ‘X’ por pressão]. Vou continuar tendo amigos de esquerda, de direita, seja do que for… não gostaria de ser massacrada, deixar de falar com familiares, amigos, que pensem diferente. Vamos repensar o que a gente esta fazendo com o outro”, concluiu Anitta.