Alexandre Garcia responsabiliza ‘politização’ da cloroquina pelas 50 mil mortes

Bolsonaro compartilhou o comentário do jornalista defendendo cloroquina contra “gripezinha”

22/06/2020 13:40

O jornalista Alexandre Garcia, ex-TV Globo e ferrenho defensor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) responsabilizou as mais de 50 mil mortes causadas pelo novo coronavírus a ‘politização‘ do uso da cloroquina.

Jornalista Alexandre Garcia responsabiliza ‘politização’ da cloroquina pelas 50 mil mortes pela doença no Brasil
Jornalista Alexandre Garcia responsabiliza ‘politização’ da cloroquina pelas 50 mil mortes pela doença no Brasil - Reprodução/TV Globo

“Eu fico imaginando quantas mortes teriam sido evitadas senão politizassem […] essa questão da cloroquina só porque o presidente da República foi o primeiro a aconselhar o uso da hidroxicloroquina”, disse o jornalista em seu comentário diário no “Jornal da Manhã”, da Rádio Araguaia, de Brusque (SC).

“Eu como marido de médica recebo informações dos médicos. Em Brasília, no mínimo, no mínimo, 130 médicos estão aplicando a hidroxicloroquina em seus pacientes”, diz o jornalista em outro trecho.

“Eu ouço todos os dias depoimentos de gente que teve uma ‘gripezinha’ graças a hidroxicloroquina […] Fica todo mundo achando que a OMS é o padrão”, afirmou o jornalista.


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O comentário foi compartilhado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta manhã em sua conta no Twitter. “@alexandregarcia e os fatos da semana. Bom dia a todos”, escreveu.

Desde a última sexta-feira, 19, Bolsonaro não se manifestava nas redes sociais. Ao invés de falar sobre as 50 mil mortes pelo coronavírus, o presidente preferiu compartilhar um comentário do jornalista bolsonarista e se eximir da responsabilidade.

O apresentador e comentarista político Alexandre Garcia deixou a TV Globo em dezembro de 2018 após 30 anos. Em comunicado, a emissora carioca disse que o jornalista foi quem decidiu se desligar da empresa.

Fake news

No comentário, Alexandre Garcia também elogiou voto do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), por seu voto contra o prosseguimento do inquérito das fake news no julgamento ocorrido em plenário na semana passada.

“O único soldado de passo certo no batalhão. Foi 10 a 1. Ele perdeu”, disse o jornalista, com críticas ao inquérito ser conduzido pelo STF.