Auxílio emergencial pode ter mais duas parcelas, mas com valor menor
O presidente Jair Bolsonaro já declarou que vai estender o benefício, mas parcelas serão inferiores aos atuais R$ 600
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira, 3, que o auxílio emergencial deve ganhar mais duas parcelas –julho e agosto–, mas com valor inferior aos R$ 600.
Segundo o blog da jornalista Ana Flor, da GloboNews, a ideia do presidente é que o valor atual seja dividido em duas parcelas de R$ 300.
“Muita coisa foi feita. Esse próprio auxílio emergencial de R$ 600, que já estão quase certas a quarta e quinta parcelas, de valores menores um pouco, que está sendo ajustado pelo Ministério da Economia, ajudou a evitar problemas sociais”, disse Bolsonaro à jornalistas.
O auxílio emergencial foi criado em abril, com previsão original de ser pago em três parcelas de R$ 600, até junho. Os beneficiários são trabalhadores informais e desempregados que ficaram sem renda na pandemia.
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2ª parcela
A Caixa concluiu na semana passada os pagamentos da segunda parcela do auxílio para os beneficiários que receberam a primeira até 30 de abril. O calendário da terceira parcela, que estava prevista para maio, continua sem definição.
De acordo com a Caixa, até ontem ainda havia 11,1 milhões de pedidos de auxílio emergencial aguardando análise. Não há previsão de quando essas pessoas irão receber o benefício.
Ainda segundo a Caixa, foram processados pela Dataprev 101,2 milhões de cadastros, dos quais 59 milhões foram considerados elegíveis –destes, 19,2 milhões de beneficiários do Bolsa Família, 10,5 milhões do Cadastro Único e 29,3 milhões de trabalhadores que se inscreveram por meio do site e do aplicativo do programa.
Outros 5,3 milhões de cadastros feitos pelo aplicativo e site estão em reanálise, e 5,8 milhões ainda passam pela primeira análise.
Classes A e B
Um levantamento feito pelo Instituto Locomotiva, e publicado pelo jornal Valor, revela que um terço das famílias das classes A e B solicitou o auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal. Destes, 69% tiveram os pedidos aprovados.
O auxílio emergencial é pago pelo governo federal a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI) e desempregados (que não recebem seguro-desemprego) como forma de ajuda por conta da pandemia da covid-19. Para ser aprovado, é preciso ter uma renda per capita de até R$ 522,50 mensais ou renda familiar de até R$ 3.135 (três salários mínimos).
Segundo a reportagem do Valor, para obter o benefício, integrantes dessas famílias de classes mais altas estão omitindo a renda familiar no cadastro no site da Caixa. São esposas de empresários, jovens de famílias de classe média e servidores aposentados, mostram denúncias feitas nas últimas semanas.