Banco Mundial aprova Abraham Weintraub como diretor-executivo
Ex-ministro da Educação tentou dar um caráter de "exílio" a sua saída do país
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi aprovado como diretor-executivo do conselho do Banco Mundial. O anúncio foi feito pela instituição em comunicado na noite de quinta-feira, 30.
“O Banco Mundial confirma que o Sr. Abraham Weintraub foi eleito pelo grupo de países (conhecido como constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor Executivo no Conselho do Banco”, diz a nota.
Weintraub deve assumir o cargo na próxima semana e cumprirá o atual mandato que termina em 31 de outubro, quando a vaga será novamente aberta para eleição.
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O Banco Mundial fez questão de afirmar na nota que “diretores executivos não são funcionários da instituição”. “Eles são nomeados ou eleitos pelos representantes dos nossos acionistas”, acrescentou a instituição.
No mês passado, a associação de funcionários do Banco Mundial enviou uma carta aberta ao Comitê de Ética da instituição pedindo a suspensão da indicação de Weintraub.
Saída polêmica do Brasil
Abraham Weintraub pediu demissão do MEC (Ministério da Educação) em 18 de junho em meio a uma série de polêmicas. O ex-ministro de Bolsonaro é alvo de dois inquéritos, um que apura suposto racismo contra chineses e outro que investiga ameaças a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Dois dias após deixar o MEC, Weintraub viajou para os Estados Unidos “escondido” antes de sua exoneração do cargo ter sido publicada no “Diário Oficial da União”. O que aconteceu pouco tempo depois da divulgação da viagem.
O ex-ministro utilizou o passaporte diplomático e tentou dar um caráter de “exílio” a sua saída do país.
Weintraub foi indicado para o Banco Mundial pelo presidente Jair Bolsonaro.