Bolsonaro diz que vai vetar prorrogação de auxílio emergencial de R$ 600
A proposta do governo é que sejam pagas mais duas parcelas do benefício, mas no valor de R$ 300
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou ontem que irá vetar eventual decisão do Congresso de elevar de R$ 300 para R$ 600 as duas parcelas extras de auxílio emergencial que o governo se dispôs a pagar por conta da pandemia do novo coronavírus.
“Se a Câmara quiser passar para R$ 400, R$ 500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez mais impagável. É o veto”, afirmou Bolsonaro em sua live semanal no Facebook.
O presidente pediu ainda cautela com os gastos para que o Brasil não vire o “paraíso da agiotagem”.
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“Não se pode gastar mais, gostaria de gastar, mas se endividar muito, a gente extrapola a capacidade de endividamento. Se não tivermos cuidado, a Selic pode subir, vira o paraíso da agiotagem legalizada e cada vez mais a riqueza vai para pagar juros das dívidas”.
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No começo da semana o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia confirmado que o governo pagará mais duas parcelas do auxílio emergencial a trabalhadores e lançará um projeto de renda mínima, o Renda Brasil, mas não deu mais detalhes de como será o programa.
O auxílio emergencial foi criado em abril, com previsão original de ser pago em três parcelas de R$ 600, até junho. Os beneficiários são trabalhadores informais e desempregados que ficaram sem renda na pandemia.