Bolsonaro volta atacar OMS e diz que organização quer ‘quebrar países’

O ataque foi em referência a declaração da OMS de que a disseminação da covid-19 por pessoas assintomáticas é "muito rara"

10/06/2020 10:30

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar a OMS (Organização Mundial da Saúde) na mangã desta quarta-feira, 10, dizendo que a intenção da autoridade sanitária é “quebrar os países”.

“A tal da OMS, que tem que seguir, uns querem que siga cegamente, acabou de dizer que assintomático não transmite, depois voltou atrás, parece que tem algo de mais grave por trás disso tudo, de quebrar os países. A quantidade de problemas econômicos é enorme, vai chegar a um ponto que vai quebrar o Brasil”, disse o presidente na saída do Palácio da Alvorada.

Presidente Bolsonaro insinuou que a OMS tem a intenção de “quebrar os países”.
Presidente Bolsonaro insinuou que a OMS tem a intenção de “quebrar os países”. - Isac Nóbrega/PR

O ataque de Bolsonaro era em referência a declaração da OMS de que a disseminação do novo coronavírus por pessoas assintomáticas é “muito rara”, mas que os casos podem acontecer.

Bolsonaro também voltou alfinetar o o Supremo por conta da quarentena. “Quem decidiu que ia fechar comércio, lockdown, tudo competia aos governadores, foi o STF”.


#NessaQuarentenaEuVou – Dicas durante o isolamento:


Ontem, o presidente disse que a organização perdeu a credibilidade e que “parece mais um partido político”. Bolsonaro também voltou a afirmar a intenção do Brasil de deixar a OMS, assim como fez o presidente americano Donald Trump.

“Não é à toa que o presidente americano (Donald Trump) deixou de contribuir para a OMS. O Brasil vai pensar nisso. Tão logo acabe esse problema da pandemia, a gente vai pensar seriamente se sai ou não, porque não transmite mais confiança para nós”, disparou.

“Temos de ser realistas, nós sabemos que não tem comprovação de nada. Até a hidroxicloroquina não tem comprovação. A OMS voltou atrás, desaconselhou estudos e depois voltou atrás. A OMS é uma organização que está titubeando, parece mais um partido político.”