Casagrande faz duras críticas a Bolsonaro e ao presidente do Flamengo
Comentarista esportivo viralizou ao fazer uma pergunta indigesta, porém necessária: "Se todos os clubes morrerem, o Flamengo vai jogar com quem?"
Em artigo de opinião escrito para o Globo Esporte, o comentarista esportivo Walter Casagrande foi contundente ao afirmar que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, podem estar “matando o futebol brasileiro”. A coluna repercutiu tanto que o nome de Casagrande figura na noite desta terça-feira, 7, nos trending topics do Twitter como um dos assuntos mais comentados do país.
Casagrande repercutiu em seu texto o fato de Landim incentivar a volta dos campeonatos de futebol no Brasil, e ter o apoio de Bolsonaro para isso. O comentarista da Globo e o presidente do Flamengo já trocaram farpas no programa “Bem, Amigos”, da SporTV. Na ocasião, Casão afirmou que não concordava com a volta do futebol em meio à pandemia do novo coronavírus, e ainda teceu críticas a Bolsonaro. “O governo federal não tratou bem a pandemia. Nós não temos nem Ministro da Saúde, e nós queremos voltar ao futebol”, disse. Relembre a discussão aqui.
Casagrande fez questão de relembrar no texto que Bolsonaro ficou conhecido no mundo todo por ter classificado a covid-19, que já vitimou mais de 66 mil pessoas no Brasil, como uma “gripezinha”, e comentou o anúncio de sua infecção feito hoje: “Bolsonaro virou chacota mundial ao dizer que a Covid-19 não passava de uma ‘gripezinha’. Com essa postura, tão insensível quanto irresponsável, chegamos à notícia desta terça-feira (7 de julho): a de que Bolsonaro contraiu a tal gripezinha”, disse.
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O comentarista esportivo também salientou que o presidente do Flamengo teria se inspirado em clubes de futebol alemães para preparar a volta do seu clube aos torneios, porém fez uma ressalva. “Mas a Alemanha foi exemplar no combate à pandemia. O Flamengo não está na Alemanha, e sim no Brasil. Aqui, o coronavírus já contaminou 1,6 milhão de pessoas matou mais de 65 mil.”, disse.
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Ele ainda desejou que Bolsonaro possa se inspirar na chanceler alemã, Angela Merkel, para combater a pandemia. “Jair Bolsonaro não é Angela Merkel, assim como o futebol brasileiro não é como o alemão. Mas não seria nada mau se a premiê da Alemanha inspirasse o presidente do Brasil. E, no futebol, dirigentes como Rodolfo Landim também deveriam prestar atenção no que fazem os alemães.”, disse, e encerrou com um questionamento indigesto, porém necessário: “O egoísmo vai acabar matando o futebol brasileiro. Se todos os clubes morrerem, o Flamengo vai jogar com quem?”.
Leia o artigo na íntegra aqui.