Coronavírus: SP proíbe funcionamento do comércio a partir de sexta
Decreto entra em vigor a partir desta sexta-feira, 20, e vai até o dia 5 de abril
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, decretou nesta quarta-feira, 18, o fechamento do comércio na capital até o dia 5 de abril. A medida para tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) entra em vigor a partir de sexta-feira, 20.
O fechamento vale apenas para as lojas com atendimentos presenciais. Os estabelecimentos que possuírem a alternativa de venda online poderão continuar as vendas apenas online ou por telefone.
Permanecerão abertos apenas farmácias, supermercados, feiras livres, lojas de conveniências, padarias, restaurantes, lanchonetes, lojas de venda de alimentação de animais e postos de combustível.
De acordo com o prefeito, para continuar funcionando, os bares e restaurantes terão que obedecer a distância mínima de um metro entre as mesas, além de intensificarem as ações de limpeza e disponibilizarem álcool em gel aos clientes e informações sobre a Covid-19 nos estabelecimentos.
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A prefeitura também ordenou a suspensão temporária das autorizações dos camelôs para trabalharem na cidade. Com isto, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) tem autorização para remover os trabalhadores ambulantes que desobedecerem a determinação.
A medida anunciada hoje complementa o decreto de emergência anunciando ontem. Além de determinar o fechamento de lojas, a decisão do prefeito ainda estabelece medidas de prevenção e higiene mais rígidas aos estabelecimentos que são permitidos o funcionamento.
Doria
Mais cedo, o governador João Doria (PSDB) recomendou o fechamento de shoppings e academias na região metropolitana de São Paulo, de 23 de março até 30 de abril, por razões sanitárias e proteção dos funcionários.
A decisão está entre as sete medidas que o governo anunciou, durante coletiva de imprensa, para reduzir a disseminação do Covid-19, mas não inclui estabelecimentos do interior do estado. Doria também determinou que os postos do Detran e Poupatempo vão regular a circulação.
“O governo de são Paulo vai solicitar mais recursos para o Ministério da Saúde. O epicentro do coronavírus é o estado. Vamos fazer oportunamente”, afirmou o governador.