Em depoimento, Babá diz ter presenciado Jairinho agredir Henry 3 vezes

Thayna de Oliveira Ferreira contou que havia mentido a pedido da mãe do menino morto, em 8 de março

A babá de Henry Borel, morto em 8 de março, mudou a versão e admitiu, em novo depoimento de mais de 8 horas,  que sabia das agressões do padrasto, o vereador Dr. Jairinho contra o menino de 4 anos. Segundo Thayna de Oliveira Ferreira contou à polícia, ela mentiu a pedido da mãe do garoto, Monique Medeiros.

Em depoimento, Babá revela ter visto Jairinho agredir Henry três vezes
Créditos: Reprodução/RecordTV
Em depoimento, Babá revela ter visto Jairinho agredir Henry três vezes

Em 24 de março, a babá afirmou que nunca havia presenciado nenhuma anormalidade no apartamento onde a família morava, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro – o mesmo endereço onde Henry foi morto.

Thayná afirmou no depoimento que não viu as agressões do político contra o menino, mas soube que ocorriam – pelo menos três vezes. A babá contou que numa das vezes, os dois entraram em um quarto no apartamento e que Dr. Jairinho aumentou muito o volume da televisão, aparentemente, para abafar o som do que acorria dentro do cômodo. Depois que saíram, Henry disse que estava com dores de cabeça e se sentia mal.

A babá contou que em 2 de fevereiro, quando a mãe também estava fora de casa, Jairinho ficou meia hora com Hnery no quarto após chamá-lo de mimado. Thayna relatou que o menino não deu detalhes das agressões, mas reclamou de dor no joelho e não quis descer no parquinho do prédio para brincar, como de costume. Monique, nesse dia, avaliou a situação como invenção da criança.

Uma terceira agressão foi relatada pela babá, com a data de última semana de fevereiro. Segundo o depoimento, novamente Jairinho estava sozinho com o menino, sem a mãe. A criança foi levada para o quarto, de onde saiu reclamando de dor na cabeça.

No novo depoimento, a babá contou que tinham conhecimento das sessões de agressões contra Henry a irmã de Jairinho, Thalita Souza; a avó materna de Henry, a professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva; e a empregada doméstica da família, Leila Rosângela de Souza Mattos.

A empregada doméstica e a professora chegaram a prestar depoimento na delegacia e disseram não haver algum tipo de relação violenta entre os três.

A babá explicou que, o Colégio Marista São José, onde Henry estudava estava funcionando em sistema híbrido – alternando aulas presenciais e online -,  e que a mãe do menino muitas vezes assistia às aulas junto com ele. Segundo Thayna, o garoto acompanhava os vídeos de forma tranquila e concentrada e nunca demonstrou nenhuma irritação nem inquietação, segundo ela.

A babá definiu Henry como “perfeito”, “uma boa criança”, que se “comunicava bem com ela” e que mantinha um “relacionamento normal com as outras crianças do condomínio”.