Cartazes de Chaumont no Tomie Ohtake
Mais de 70 cartazes de designers gráficos, a maioria franceses, fazem parte da nova exposição do Tomie Ohtake. A mostra fica em cartaz até o dia 22 de novembro e tem curadoria de Christelle Kirchstetter – do pólo de grafismo Pôle de Graphisme – em parceria com o designer brasileiro Rico Lins.
A exposição, de um lado, concentra 24 peças históricas com imagens de mestres, ilustradores e caricaturistas, do começo do design gráfico francês, no final do século XIX. Dentre as obras, destacam-se originais de Jules Chéret, considerado o pai do cartaz ilustrado, Toulouse-Lautrec, Bonnard, Steinlein, Pal, Cappiello e os irmãos Choubrac.
Em outra parte, há outros 48 trabalhos de linguagem contemporânea. São uma espécie um recorte da coleção gerada pelo Festival de Cartazes de Chamount, que começou a ser realizado em 1990. Há cartazes franceses concebidos para teatro, dança, ópera, cinema, meio ambiente, música, exposições e peças políticas e sociais, assinados por autores, como Grapus, Paris Clavel, Alain Lequernec, Pierre Bonnard, Michel Quarez, Vincent Perrottet, Michel Bouvet, Phillipe Apeloig, Pierre di Sciullo e M/M Paris.
Todas as imagens vieram da Maison du livre et de l’affiche, de Chaumont, cidade que se tornou um dos lugares internacionalmente reconhecido na área do grafismo contemporâneo. Essa vocação se originou quando, em 1905, o botânico e colecionador Gustave Dutailly doou sua coleção de cartazes à Prefeitura de Chaumont, lançando, já naquela época, as bases de uma política cultural municipal dedicada às artes gráficas. Hoje a Maison du livre et de l’affiche abriga uma coleção com 32.000 cartazes que representam as diversas correntes e a criação gráfica contemporânea internacional, além das 5.000 obras antigas do colecionador francês.
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Por Redação